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China eleva tarifas sobre produtos dos EUA para 125% e amplia tensão comercial

Governo chinês classificou a política tarifária de Washington como "uma afronta às regras do comércio internacional, às leis econômicas fundamentais e ao bom senso"

O Ministério das Finanças da China anunciou, nesta sexta-feira (11), um novo aumento nas tarifas aplicadas a produtos norte-americanos. A partir de 12 de abril, as taxas saltarão de 84% para 125%, como resposta direta à recente confirmação dos Estados Unidos de que os impostos sobre produtos chineses chegam a 145%, percentual maior do que os 125% anteriormente mencionados pelo presidente Donald Trump.

Em comunicado oficial, a pasta chinesa classificou a política tarifária de Washington como “uma afronta às regras do comércio internacional, às leis econômicas fundamentais e ao bom senso”. O documento ainda acusa os EUA de praticar “intimidação e coerção unilateral”, e informa que Pequim não pretende responder a novas medidas que venham a ser adotadas por Washington.

A tensão entre os dois países também chegou à Organização Mundial do Comércio (OMC). A missão da China apresentou uma nova queixa formal contra os Estados Unidos, reforçando acusações anteriores de que Trump estaria utilizando táticas de pressão indevidas nas disputas comerciais.

Durante um encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, o presidente chinês Xi Jinping reforçou o posicionamento do país. “Não há vencedores em uma guerra de tarifas. Enfrentar o mundo só leva ao isolamento”, afirmou. Xi também destacou a trajetória da China nas últimas décadas: “Nos desenvolvemos com base na autossuficiência e no trabalho árduo. Nunca dependemos da caridade de outros e não tememos represálias injustas.”

Efeito dominó nas relações bilaterais

A escalada no conflito teve novo capítulo após os EUA anunciarem uma suspensão temporária de 90 dias para a entrada em vigor de tarifas de importação, medida que excluiu a China. Como resultado, o governo de Pequim não apenas aumentou a taxação sobre produtos norte-americanos, como também tomou outras medidas de retaliação.

Entre elas, está a suspensão de negócios com 18 empresas dos Estados Unidos e a redução da cota de filmes de Hollywood permitidos no país asiático. Em paralelo, os Ministérios da Cultura e do Turismo, além da Educação, emitiram recomendações para que cidadãos chineses tenham “cautela” ao viajar para os EUA, citando o “agravamento das relações bilaterais”.

A disputa entre as duas maiores economias do mundo acende um alerta global, com potencial impacto em cadeias de suprimentos, investimentos e mercados. Enquanto Washington mantém sua política protecionista, Pequim parece disposta a contra-atacar com força, defendendo seus interesses em diferentes frentes.

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