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Chico Buarque estreia em SP e anuncia datas extras em abril

Após estreia repleta de significados políticos e pessoais, Chico Buarque anuncia a abertura de mais duas datas extras na capital paulista, nos dias 7 e 8 de abril. O cantor e compositor chegou a São Paulo quinta-feira (2) para temporada de um mês.

Como de costume, Chico ficou calado ao longo do show até perto do fim, quando apresentou a banda e passou a interagir com a plateia. Com as presenças de Marieta Severo e Silvia Buarque, ex-mulher e filha, ele deixou o palco ovacionado por aplausos e gritos “Lindo!”.

![Foto: Divulgaçnao](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/chicobuarque_0023_edu_deferrari_9828349_102f215e46.jpeg)

Que tal um Samba? é a sua primeira turnê de Chico desde 2018 e leva o nome do single mais recente do artista, lançado no ano passado, em parceria com Hamilton de Holanda. Ela já passou por nove capitais e conta com a participação da cantora Mônica Salmaso como convidada.

O que sabe sobre sua parceira de palco? Em algum momento desta história, Chico deve ter pensado: “Quem?”. Quem, qual cantora, estaria a seu lado pela longa temporada de shows? Por estar próxima depois de alguns projetos especiais, mas sobretudo após uma rara participação de Chico cantando João e Maria em sua excepcional série afetiva Ô de Casas, feita com 175 encontros musicais durante a pandemia, Mônica Salmaso era um nome teoricamente natural.

Em 2021, ano do cinquentenário do álbum Construção, Chico fez a primeira proposta. Queria Mônica a seu lado para fazerem juntos os shows com o repertório do disco. Mônica foi ao céu, mas um novo surto de covid impediu o projeto de seguir adiante. Tempos depois, Que tal um Samba?, a colocou ao seu lado.

![Foto: Divulgaçã](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/chioo_buarque_e_monica_salmaso_cantam_no_palco_em_joao_pessoa_1_73817_55e29dfb15.webp)

“Acredita que estou nervosa?”, diz, exalando mais leveza do que tensão. Ela conta que sua presença ao lado de um ídolo não a reduz, provocando algum exagero reverencial, nem explode seu ego pela validação.

“Entendo o que você diz, mas sou apenas eu ali, porque as canções de Chico são a minha casa desde a infância. Cresci ouvindo cada canção daquelas. Acaba sendo natural”. Os dois casos seriam um perigo. A armadilha do primeiro levaria ao excesso de discrição e a do segundo, ao oposto.

Mônica conta o que Marieta Severo, atriz, ex-mulher e amiga de Chico, lhe disse depois de assistir ao primeiro ensaio com os dois no palco. “Olha, está tudo lindo, mas você pode parar com esse negócio de ficar dois passinhos atrás dele, tá?”

![Foto: Divulgação](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Chico_Buarque_Leo_Aversa03_812x1024_1_ef0ff46631.webp)

Acolhimento

O show foi levantado com Mônica recebendo carta branca para escolher o que cantaria na abertura (uma abertura curta, ela pediu, antes que os amendoins Após estreia repleta de significados políticos e pessoais, Chico Buarque anuncia a abertura de mais duas datas extras na capital paulista, nos dias 7 e 8 de abril. O cantor e compositor chegou a São Paulo quinta-feira (2) para temporada de um mês.

De fato, Chico não usa algumas canções emblemáticas, sejam politizadas ou não. Não farão parte do roteiro Cálice, Vai Passar, Brejo da Cruz, Ligia, Retrato em Branco e Preto, Todo Sentimento, Apesar de Você, Meu Caro Amigo, Construção (que acabou de fazer 50 anos) ou Deixa a Menina. Coisas de Chico.

![Foto: Divulgação](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/chico_buarque_1dia_06_01_foto_ricardo_nunes_contato_21_96974_7000_1738_3a2961dfcc.webp)

Mas estarão Beatriz, Paratodos, Choro Bandido, Futuros Amantes, Tua Cantiga, O Meu Guri, Noite dos Mascarados, As Caravanas e João e Maria. É um ponto curioso. Chico pode fazer dois ou três shows diferentes, de uma hora e meia cada, sem repetir canções que as pessoas cantam com ele.

Mônica Salmaso, 52 anos, já foi citada por Edu Lobo como uma artista das mais coerentes de seu tempo. E isso porque ela parece estar na contramão do que passou a ser considerado coerente. É discreta, não conduz seu canto na direção dos ventos nem está inserida em grupos com hegemônicos lugares de fala sociais.

De certa forma, sua escolha por Chico é a vitória de algo que há tempos cedeu espaço para outras urgências: a excelência artística. E nisso, nenhuma outra cantora poderia estar no seu lugar. O cenário é assinado por Daniela Thomas com iluminação de Maneco Quinderé. Figurinos ficaram com a assinatura de Cao Albuquerque.

Redação GPS

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