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Chegou a seca: dermatologista dá dicas ao GPS para cuidados com a pele

Especialista na área, Wesley Ferreira também revela tratamento pouco invasivo para hidratação mais imediata

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Com a chegada do mês de maio, as chuvas começam a dar espaço para a longa estiagem e, também, aos baixos índices de umidade do ar em Brasília. Por isso, a reportagem procurou o dermatologista Wesley Ferreira, da Clínica Singular, para dar dicas sobre como manter a pele saudável durante o período da seca brasiliense.

 

Além de um diagnóstico preciso realizado por profissionais da área, o especialista também revela um tratamento pouco invasivo para uma hidratação imediata para casos mais atípicos. 

 

Segundo ele, o procedimento tem o objetivo de atrair água para a região, de forma altamente eficaz e com durabilidade de cerca de 6 meses. 

 

Confira a conversa:

GPS: Com a chegada da estiagem, qual é o melhor tratamento para manter a pele hidratada? 

Wesley Ferreira: Esta avaliação só pode ser feita pelo dermatologista, que irá diagnosticar se existe um quadro de secura cutânea dentro ou fora do esperado. Uma pele mais seca pode mesmo estar relacionada apenas ao período com menor umidade do ar, mas terá intensidade variável, de acordo com a parte do corpo, a idade do paciente e seus hábitos de vida. 

Entretanto, também existe o que eu chamo de “doenças da pele seca”, como a dermatite atópica, a psoríase e até doenças genéticas mais raras, como as ictioses.Ou seja, não basta usar um produto com função hidratante, por mais caro que seja, sem a devida avaliação e indicação do especialista.

No meu consultório, porém, um procedimento que gosto muito de fazer em pacientes bem selecionados é a hidratação injetável (conhecida também como “skinbooster”), que consiste na aplicação de um ácido hialurônico muito fluido abaixo da pele, a fim de atrair água para a região de forma altamente eficaz e com durabilidade de cerca de 6 meses.

 

GPS: Pelo fato do sol durar mais tempo nessa época do ano, as pessoas abusam do bronzeado em Brasília. Como manter a prática, mas com saúde? 

A exposição direta da pele à luz solar sem uso de protetores ou associada a bronzeadores comuns, ou mesmo aqueles com algum fator de proteção (sempre abaixo do necessário) não deve ser praticada! Não custa lembrar os malefícios desse hábito, que muitos conhecem, mas mesmo assim ignoram: formação de rugas, manchas, vasinhos, queimaduras solares e até desenvolvimento de cânceres de pele. Estudos indicam que uma insolação aumenta entre 2 e 5 vezes o risco de surgimento de melanoma, o mais temido dos tumores de pele.

Uma opção interessante são os autobronzeadores, cremes que contêm a substância DHA (diidroacetona), um açúcar que leva a produção de pigmento na camada mais superficial da epiderme, dando um efeito de bronzeado mesmo sem exposição solar. Esses produtos podem ser usados por pessoas de qualquer tom de pele, mas sempre em associação com um protetor solar adequado.

 

GPS: As pessoas que fizeram procedimento, principalmente no rosto, tem alguma limitação a mais quando o assunto é sol e secura em Brasília? Quais são?

Cada procedimento estético tem sua orientação específica quanto ao período de maior restrição de sol. Mas, sempre que houver formação de “hematomas” na pele, fuja do sol pelo menos até o “roxinho” desaparecer totalmente, o que ocorre com 2 a 3 semanas, normalmente. O tempo seco não altera os cuidados específicos pós procedimentos dermatológicos.