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Chefe de relações exteriores da UE diz que Israel tem de cumprir decisões da ONU

O chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, afirmou, neste domingo (26), que Israel deve cumprir as decisões do tribunal superior da Organização das Nações Unidas (ONU) e pôr fim à sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Ele também questionou o possível envolvimento das autoridades na violência dos colonos contra os palestinos na Cisjordânia ocupada.

No mesmo dia em que o primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, visita Bruxelas, Borrell pressionou ainda mais Israel a tomar medidas imediatas para garantir que as receitas fiscais destinadas às autoridades palestinas não sejam interrompidas. As exigências surgiram no final da semana em que a comunidade internacional colocou uma pressão crescente sobre Israel para mudar fundamentalmente o curso da guerra que trava contra o Hamas na Faixa de Gaza, através de ações judiciais internacionais e manobras diplomáticas.

Borrell insistiu que Israel levou os palestinos à beira de uma catástrofe. “A situação em Gaza está além das palavras. A Cisjordânia ocupada está à beira do abismo, arriscando uma explosão a qualquer momento”, comentou. Embora a maior parte da atenção global esteja centrada em Gaza, Borrell disse que “não devemos esquecer o que está acontecendo na Cisjordânia”, onde está sediada a Autoridade Palestina.

Ele também respondeu às ameaças israelenses de atingir financeiramente os palestinos. Na quarta-feira (22), o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, disse que iria parar de transferir receitas fiscais destinadas à Autoridade Palestina, medida que ameaça prejudicar a sua já diminuída capacidade de pagar salários a milhares de funcionários. Desde a década de 1990, Israel cobra receitas fiscais em nome dos palestinos e tem utilizado o dinheiro como ferramenta para pressionar a AP.

Após o ataque do Hamas que desencadeou a guerra em Gaza, Smotrich congelou as transferências, mas Israel concordou em enviar o dinheiro para a Noruega, que o transferiu para a AP. Smotrich disse na quarta-feira que estava encerrando esse acordo. “As receitas indevidamente retidas têm de ser liberadas”, disse Borrell.

Estadão Conteúdo

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