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Charlie Brown, Beatles e Ramones. Um passeio histórico pelo rock and roll

Com mais de setenta milhões de playlists do estilo musical, veja a lista dos artistas mais tocados no ano, bem como os points das cidades que introduziram o movimento desde meados do século passado

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Foi na década de 1940 que “esse tal de rock and roll” surgiu. Fruto da mistura do Folk, Jazz, Country e Rhythm and Blues, os “fora da casinha” à época transformaram radicalmente o mainstream musical, protagonizados por Jerry Lee Lewis, Johnny Cash, Bill Haley e Chuck Berry e Sister Rosetta Tharpe. Mas foi o galã Elvis Presley que o popularizou dez anos depois, nos anos 1950.

 

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Desde então, ele vem se ressignificando e atualmente luta com sertanejo e funk na disputa das chamadas “paradas do sucesso”. Mas seus fãs, especialmente, não o deixam morrer. Dados do Spotify apontam que há na plataforma cerca de 70 milhões de playlists criadas por usuários no mundo afora.

 

No Brasil, Charlie Brown Jr., Skank, Legião Urbana, Titãs e O Rappa são os artistas nacionais mais escutados, de acordo com a pesquisa, indicando que há aproximadamente seis milhões de roqueiros brasileiros, entre 44 e 18 anos. Estes mesmos, elegeram Linkin Park, Red Hot Chili Peppers, Arctic Monkeys, Pink Floyd e Imagine Dragons como as bandas internacionais favoritas.

 

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Os celeiros

Na cena musical, Londres foi berço de nomes como Led Zeppelin e The Rolling Stones. No bairro do Soho, o Marquee Club realizou shows do Queen, The Police, The Who e Sex Pistols. Nas redondezas, a Brook Street conta com um museu dedicado ao guitarrista Jimmy Hendrix, na casa onde morou nos anos 1960. No mesmo bairro, a Berwick Street é o endereço para quem busca comprar vinis como fazia David Bowie. Ainda na cidade, na Trident Studios foram gravadas músicas célebres como Hey Jude, dos Beatles, e o álbum Seven Seas of Rhye, do Queen.

 

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Bem pertinho de Londres, nasceria na década de 1960, na cidade portuária de Liverpool, The Beatles. A Mathew Street reúne lojas, bares e restaurantes, sendo um deles o The Cavern Club, onde os jovens ídolos deram os primeiros passos na carreira musical. Uma estátua de John Lennon ajuda os viajantes a identificarem facilmente o bar.

 

Manchester entra para o roteiro com The Smiths e Oasis. O antigo centro comunitário Salford Lads Club aparece na contracapa do álbum The Queen is Dead, nos clipes de There Is a Light That Never Goes Out e de Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before. Localizado no bairro de Ordsall, esse é um dos pontos turísticos mais visitados na Inglaterra e conta com uma sala dedicada à banda, que reúne cartas, fotos e recados deles. No The Ritz, a banda fez seu primeiro show.

 

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Formada em 1991 pelos irmãos Gallagher, o Oasis finalizou seu trabalho há 14 anos por causa das brigas entre os dois, mas é lembrado a cada vitória do time de futebol Manchester City pela torcida. Wonderwall se tornou um hino para os fãs do clube e, de tempos em tempos, os irmãos ficam tão animados com a boa campanha do time que até prometem voltar a ativa. Para conhecer um dos elementos da sua história, vale visitar o The Boardwalk, onde fizeram o seu primeiro show.

 

Rock you

 

Nos Estados Unidos, cidades como Nova York e Seattle são alguns dos exemplos que ajudam a contar a história do rock norte-americano. Ramones, Blondie e Strokes são expoentes do rock nova-iorquino. Na Bowery Street, o CBGB era o ponto de encontro dos roqueiros e fãs de música na década de 1970. Foi neste bar que o Ramones fez seu primeiro show, sendo que o espaço era frequentado por Debbie Harry, Guns’n’Roses e até os brasileiros do Ratos de Porão.

 

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Mais um ponto estrelado da cidade é o Electric Lady Studios: em 1968, Hendrix comprou um imóvel no bairro Greenwich Village para transformá-lo em estúdio de gravação. Assim nasceu o local onde foram gravados álbuns como Loose Ends, de autoria dele, assim como Combat Rock e Sandinista!, dos punks do The Clash, e No Exit, do sexteto Blondie.

 

Em Seattle, terra onde surgiu Nirvana e Pearl Jam, o Museu da Cultura Pop (MoPOP) conta sobre o porquê da cidade ser conhecida como capital do grunge. Construído na forma de uma guitarra quebrada em homenagem à Hendrix, o museu tem exposições dedicadas ao hip-hop e uma galeria de guitarras. Pelo The Crocodile passaram praticamente todas as bandas locais de rock que nasceram no início dos anos 1990. Além das já citadas, Alice in Chains e REM integram a lista histórica.

 

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Por fim, um salve para o cantor e multi-instrumentista Phil Collins. De acordo com a plataforma Hurb, foi ele quem instituiu o 13 de julho como Dia Mundial do Rock. Nessa mesma data, em 1985, ele participava com sua banda Genesis do Live Aid, festival realizado pela primeira vez em Londres para angariar fundos para combater a fome na Etiópia.