Em julho de 2025, o custo da cesta básica caiu em 15 das 27 capitais brasileiras, segundo levantamento conjunto do Dieese e da Conab. Essa foi a primeira edição da pesquisa a abranger todas as capitais do País e o Distrito Federal, já que antes era feita em apenas 17 cidades. A queda nos preços foi puxada principalmente pela diminuição nos valores de itens como arroz, feijão, carne bovina e açúcar.
São Paulo segue sendo a capital com a cesta mais cara, atingindo R$ 865,90, seguida por Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Cuiabá. Por outro lado, os menores custos foram observados nas capitais do Norte e Nordeste, com destaque para Aracaju (R$ 568,52), Maceió, Salvador e Porto Velho.
Além da comparação mensal, o levantamento apontou que, em relação a julho de 2024, os preços aumentaram nas 17 capitais que já participavam da pesquisa anteriormente. O maior crescimento anual foi em Recife (19,5%). No acumulado de 2025, também houve alta em todas essas capitais. Com base no custo da cesta mais cara, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal em julho deveria ser de R$ 7.274,43, quase cinco vezes o valor atual.
A pesquisa detalhou ainda o comportamento dos preços de produtos específicos. O arroz e o feijão apresentaram quedas na maioria das capitais, enquanto o café teve recuo em 21 delas. A carne bovina teve comportamento misto: caiu em 16 capitais, mas subiu em 11. A oscilação nos preços está ligada tanto a fatores sazonais quanto a impactos do mercado internacional, como tarifas sobre exportações e variações nas colheitas.