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Cerrado Cultural inaugura duas exposições que exploram o tempo, o olhar e o pertencimento

Cerrado Cultural recebe Mariana Palma e Genor Sales com obras que misturam técnica, crítica e poética

A Cerrado Cultural, espaço da galeria Cerrado em Brasília, celebrou dois anos de atuação no mercado com a abertura de duas mostras inéditas no sábado (24): A invenção do visível, da artista paulistana Mariana Palma, e O tempo é rei, do goiano Genor Sales. As exposições ficam em cartaz até 9 de agosto e reforçam o compromisso da galeria em movimentar o cenário artístico a partir do Centro-Oeste.

Na mostra A invenção do visível, Mariana Palma — que exibe pela primeira vez uma individual em Brasília — apresenta cerca de 30 obras, entre pinturas, aquarelas, fotografias e uma instalação em tecido translúcido. A artista cria imagens em camadas que se revelam conforme o olhar do público se aproxima ou se afasta. “As imagens vão se formando conforme o espectador se movimenta. São imagens veladas, escondidas entre camadas, que se revelam de maneira diferente a cada aproximação”, afirma.

Inspirada pela miscigenação brasileira, pelo Barroco, pelas naturezas-mortas flamengas e pela moda, Palma cria composições densas, coloridas e repletas de referências, como apontado pelo crítico André Torres: “Suas obras não foram idealizadas para adornar um espaço. Elas instituem seu próprio espaço.”

Já em O tempo é rei, Genor Sales, em sua primeira exposição solo, exibe 31 obras produzidas entre 2023 e 2025. O artista propõe uma reflexão sobre deslocamento, identidade e pertencimento, a partir da metáfora do “peixe fora d’água”. A série central da mostra, Dos peixes, reúne 25 aquarelas de cabeças de peixe da bacia Tocantins-Araguaia, e busca romper estigmas em torno da representação do corpo negro na arte por meio de uma técnica delicada e poética.

Genor também aborda temas como ecologia e segurança alimentar. “Esses peixes têm valor nutricional, mas são descartados. A falta de ferro afeta especialmente a população negra e periférica”, afirma o artista, que se inspira no livro Nutricide, do pensador Llaila Afrika.

A Cerrado Cultural segue seu propósito de refletir o mundo a partir do Centro-Oeste. Seu nome é uma homenagem ao bioma que a abriga e um aceno às heranças culturais e arquitetônicas da região. Com essas duas exposições, o espaço reafirma seu compromisso com artistas que provocam, questionam e encantam — cada um à sua maneira.

Confira fotos do evento de lançamento:

Serviço
Cerrado Cultural
Programação:
 26 de maio a 9 de agosto | Segunda a sexta-feira, 10h às 19h; sábado, 10h às 13h
Local: SHIS QI 05 chácara 10, Lago Sul, Brasília

Para mais informações: @cerrado.galeria | www.cerradogaleria.art

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