Uma investigação sobre a invasão de sistemas da empresa de telecomunicações Verizon indica que os celulares do ex-presidente Donald Trump e de seu companheiro de chapa, o senador J.D. Vance, foram alvos de hackers chineses. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pelo jornal “The New York Times“, que citou fontes próximas à investigação sob condição de anonimato.
A equipe de campanha da chapa republicana foi alertada de que os números de telefone de Trump e Vance estavam entre os vários visados na infiltração aos sistemas da Verizon, que teria abrangido dados de pessoas dentro e fora do governo. De acordo com o “Wall Street Journal”, integrantes da campanha da atual vice-presidente Kamala Harris também podem ter sido alvos do ataque.
Ainda não está claro se os hackers conseguiram acessar informações específicas, como mensagens de texto trocadas por canais não criptografados. O FBI e a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos EUA (CISA) emitiram um comunicado conjunto afirmando que estão investigando o acesso “não autorizado” aos sistemas de telecomunicação e que os envolvidos estariam associados ao governo chinês.
A Verizon confirmou que está ciente de uma tentativa sofisticada que visava empresas de telecomunicações nos Estados Unidos e afirmou estar cooperando com as autoridades policiais para apurar o caso. A Embaixada da China em Washington negou envolvimento do governo chinês nas supostas violações.
Em investigações anteriores, autoridades de segurança identificaram um grupo de hackers chineses, conhecido como Salt Typhoon, em sistemas de telecomunicações americanos. A recente apuração indica que o grupo estava direcionando ataques a números de telefone específicos, possivelmente com o intuito de coletar informações estratégicas. A extensão do ataque e os possíveis danos à segurança nacional ainda estão sob análise, segundo fontes familiarizadas com o caso.
Enquanto isso, a menos de duas semanas da eleição presidencial, a disputa entre Donald Trump e Kamala Harris segue empatada, com ambos registrando 48% de intenção de voto, segundo pesquisa conjunta do jornal “The New York Times” e do Siena College, também divulgada nesta sexta-feira (25).