O Distrito Federal registrou uma redução histórica nos casos prováveis de dengue. De janeiro a março de 2025, foram notificados 6.181 casos, número 97,3% menor do que os registrados no mesmo período do ano passado, quando o total chegou a 219.842. Os dados constam no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF.
A Secretaria de Saúde do DF divulgou o mais recente balanço de arboviroses e revelou que os casos prováveis de dengue despencaram no primeiro trimestre de 2025. Até a 13ª semana epidemiológica, encerrada em 29 de março, foram registrados 6.181 casos prováveis da doença.
Ao todo, 9.301 ocorrências foram notificadas como suspeitas, das quais a grande maioria foi descartada ou ainda está em análise. Desse total, 94,3% dos casos prováveis foram de moradores do Distrito Federal. O estado de Goiás apareceu como origem de 316 casos entre os não residentes.
A dengue no DF segue um comportamento sazonal, com maior incidência entre outubro e maio. A temporada 2024/2025 teve início na 40ª semana epidemiológica do ano passado. Ainda assim, a curva de contágio permanece dentro do canal endêmico, sem ultrapassar os limites esperados para a incidência da doença.
Entre as sete Regiões de Saúde do DF, a Sudoeste lidera com 1.296 casos prováveis. Na sequência estão as regiões Leste (1.111), Oeste (1.091), Central (497), Sul (451), Centro-Sul (225) e Norte (288).
Já entre as Regiões Administrativas, Ceilândia concentra o maior número de casos prováveis (807), seguida por Paranoá (467), Samambaia (396), Taguatinga (382) e Itapoã (326). Juntas, essas cinco RAs respondem por 40,8% dos casos no DF.
O levantamento também traçou o perfil dos infectados. A maior incidência foi registrada entre mulheres (58,1%), com taxa de 203,5 casos por 100 mil habitantes. Em relação à faixa etária, bebês com menos de um ano lideram a incidência, com 278 casos por 100 mil habitantes, seguidos por idosos com 80 anos ou mais (267,1) e jovens de 20 a 29 anos (255).
Em 2025, até a 13ª semana epidemiológica, foram detectadas 55 amostras com vírus da dengue por PCR no DF. A maioria corresponde ao sorotipo DENV-2 (42), seguido por DENV-3 (10) e DENV-1 (3). Não houve detecção do DENV-4 neste período.
Dos casos de DENV-3, nove foram classificados como autóctones — ou seja, com transmissão local — e apenas um foi importado. Todos os casos confirmados foram acompanhados de medidas de bloqueio ambiental.