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Caso Villela: crime brutal que chocou Brasília vira série documental no Globoplay

Produção da TV Globo revisita o triplo homicídio da 113 Sul, revelando novas descobertas e fragilidades na investigação

A Globo anunciou, oficialmente, a finalização de uma releitura documental de um dos crimes mais chocantes da história de Brasília.  A série original Crime da 113 Sul estreia no dia 22 de fevereiro e traz novos elementos sobre o triplo homicídio ocorrido em 2009, quando o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela; sua esposa, Maria Carvalho Villela; e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, foram assassinados com mais de 70 facadas em um apartamento na Asa Sul.

O crime, que envolveu três delegacias e resultou na condenação de três pessoas, ainda levanta questionamentos. Entre os sentenciados está Adriana Villela, filha do casal, acusada de ser a mandante do assassinato. Embora condenada pelo Tribunal do Júri, ela continua em liberdade em decorrência de recursos da defesa conduzida pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

O documentário apresenta seu depoimento inédito, no qual contesta as provas usadas contra ela e expõe fragilidades na apuração do caso.

As investigações foram marcadas por reviravoltas, incluindo o uso de uma vidente para apontar suspeitos e a prisão de uma delegada por forjar provas. Além disso, há alegações de tortura contra suspeitos e dúvidas sobre a credibilidade das confissões de dois condenados: o ex-porteiro Leonardo Campos Alves e seu sobrinho, Paulo Cardoso Santana.

Ambos mudaram seus depoimentos ao longo do processo, ora assumindo a autoria do crime, ora afirmando que a execução foi encomendada por Adriana Villela.

Releitura das provas

Dividida em quatro episódios, a série documental da TV Globo revisita mais de 16 mil páginas do processo e entrevista personagens centrais do caso, incluindo testemunhas, delegados, advogados e promotores. O diretor de Jornalismo da TV Globo em Brasília e diretor da produção, Luiz Avila, explica o enfoque da obra:

“Não é um documentário sobre o crime nem sobre a investigação da polícia. Nós fizemos a nossa própria investigação sobre o caso e mostramos ponto a ponto as nossas descobertas ao longo dos quatro episódios.”

O roteirista Reynaldo Turollo Jr. também destaca as lacunas na apuração oficial:

“Inicialmente pensamos no documentário para revisitar um caso emblemático 15 anos depois. Conforme avançamos, observamos que existem muitas dúvidas, muitos buracos, que muita coisa não é exatamente aquilo que a polícia e o noticiário da época faziam parecer.”

A série ainda aborda uma possível reviravolta no caso. Paulo Cardoso Santana, um dos condenados, afirmou à ONG Innocence Project que Francisco Mairlon, outro réu, é inocente e teve sua incriminação forjada. Além disso, Paulo voltou atrás nas acusações contra Adriana Villela, cujo recurso será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a partir de 11 de março deste ano.

 

 

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