O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou pela anulação da condenação da arquiteta Adriana Villela, sentenciada a 61 anos e três meses de prisão pelo assassinato dos pais e da funcionaria da família, em um caso que ocorreu em 2009 e ficou conhecido como o “crime da 113 Sul”, em Brasília. Em seguida, o ministro Og Fernandes pediu vista, e o julgamento foi novamente suspenso.
Adriana foi acusada de ser a mandante do assassinato do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da mãe, Maria Villela, e da funcionária Francisca Nascimento. Os três foram mortos no apartamento da família. O crime foi executado pelo ex-porteiro, sobrinho e por outro homem.
A defesa de Adriana busca anular o veredicto do júri popular que foi confirmado em segunda instância. “Esse processo deveria ser nulo lá no início. O voto do ministro Sebastião não só atende a nossa tese como demonstra o tanto que esse processo foi absolutamente absurdo, injusto e sem sombra de dúvida contra o Estado Democrático de Direito. Eles omitiram provas da defesa, isso é a pior coisa que pode existir” disse Kakay, advogado da ré.
A decisão sobre o caso ainda depende da análise dos demais ministros do STJ.