Mais de um ano depois da **estreia** e grande **repercussão** da primeira edição de _Casamento às Cegas Brasil_, a segunda temporada chega na **Netflix**. Com lançamento marcado para o dia 28 de dezembro, os novos episódios trazem mais _”diversidade de corpos”_ e _”brasilidade”_, segundo a diretora, Cássia Dian.
Apresentado por **Camila Queiroz e Klebber Toledo**, a **dinâmica** da segunda parte será a mesma da primeira. Os participantes precisam **conversar** às cegas até decidirem com quem vão se casar.
Eles, então, _embarCam_ para uma “lua de mel”, desta vez na **Floresta Amazônica**. Só depois disso é que os competidores passam a fazer parte da rotina um do outro e precisam decidir pelo “sim” ou “não” no altar.
Além disso, programa será dividido em **três partes**: a segunda estreia no dia 4 de janeiro e a terceira, no dia 11 de janeiro. Em entrevista ao Estadão, a diretora garante que, no amor, _”o brasileiro é mais emocionado”._
O _reality_ possui edições em outros países, como Estados Unidos e Japão, mas é aqui que os casais são mais **passionais**. No que diz respeito à produção, Cássia aponta que, mesmo depois da primeira temporada, o principal desafio segue sendo a logística e dá detalhes de como o programa funciona por trás das câmeras:
>”Casamento às Cegas é um reality show gigante. São quatro fases e muitas semanas de gravação. Então, a gente tem desafios grandes do ponto de vista técnico. A estrutura realmente é muito grande. O formato é produzido pela Endemol Shine Brasil e a gente grava no pavilhão Vera Cruz”, conta.
>”É um estúdio enorme e bem icônico aqui no Brasil. São 20 cabines, dez para mulheres e dez para os homens. Precisa ter uma metragem confortável pra eles conversarem, fora o lounge em que eles conversam, então, imagine o espaço físico que isso ocupa. Fora que precisa de uma inteligência de logística para que eles nunca se vejam. Os participantes precisam ficar em hotéis diferentes, é uma grande mobilização”, explica.
**O que mudou?**
Ainda que os **desafios** sejam os mesmos, a nova temporada conta com uma grande **mudança**: maior **diversidade** de corpos no elenco. Além disso, Cássia comenta que o intuito foi trazer mais “**brasilidade**” para a atração e cita a lua de mel na Floresta Amazônica como uma novidade.
>”Trouxemos pessoas mais diversas e outros corpos e acredito que isso possa ascender debates interessantes. O segredo para um bom reality show é que as pessoas se identifiquem e se vejam nas telas”, disse a diretora.
>”Nessa segunda temporada, quisemos trazer mais representatividade para o programa. Se ver ali nos participantes é o que faz os brasileiros amarem tanto os realities shows”, reitera.”Nessa segunda temporada, quisemos trazer mais representatividade para o programa. Se ver ali nos participantes é o que faz os brasileiros amarem tanto os realities shows”, reitera.
**O que se mantém?**
Uma questão que não mudou é que, mesmo tendo mais **diversidade** de corpos, o programa aborda apenas relações **heterossexuais**.
A diretora comenta que existe sim o desejo de retratar a comunidade **LGBT+**, porém, para isso, seria necessário repensar os moldes da competição. _”Tem uma dinâmica e um formato que precisaria ser adaptado para que ele possa trazer casais que não sejam heterossexuais”,_ inicia.
>”A premissa é que os casais não se vejam no início, mas temos os lounges. Então, as pessoas do mesmo sexo não poderiam ficar juntas e conviver no mesmo ambiente”, diz.”A premissa é que os casais não se vejam no início, mas temos os lounges. Então, as pessoas do mesmo sexo não poderiam ficar juntas e conviver no mesmo ambiente”, diz.
Além disso, uma das principais **polêmicas** em torno da primeira temporada foi a ocorrência de **comportamentos machistas** de alguns participantes, que ascenderam discussões sobre **misoginia** e **relacionamento abusivos** nas redes sociais.
Cássia conta que na nova temporada esse será um tema que voltará a se fazer presente, já que _”reality show é um extrato da nossa sociedade”._