Ao visitar uma nova cidade ou conhecer um monumento histórico, é natural pegar o celular ou câmera fotográfica para registrar o momento. No entanto, diversos cartões-postais ao redor do mundo passaram a proibir a prática, com o intuito de preservar a imagem do local ou evitar grandes tumultos.
Um exemplo disso é o pequeno vilarejo de Portofino, na Itália, que tem cerca de 529 habitantes. Por lá, o prefeito Matteo Viacava instituiu uma multa de 275 euros (R$ 1.655) àqueles que “enrolarem” para fazer fotos na Piazzetta, uma pracinha em pedras próxima à Marina de Portofino.
Como a comuna é muito pequena, a medida vem para prevenir engarrafamento de pedestres nas ruas locais, o que, muitas vezes, atrapalha os turistas que tentam retornar aos navios de cruzeiro, e evitar também atrasos nos passeios turísticos.

Foto: reprodução/Paesi Online
O bairro de Gion, em Kyoto, no Japão, também adotou certas restrições para manter as atividades turísticas longe de áreas mais privadas e residenciais da cidade. A região é conhecida por ser o “distrito das gueixas”, artistas que vestem os tradicionais quimonos e maquiagens para cantar e dançar em jantares, festas e outros eventos.
Desde 2019, os turistas estão proibidos de fotografar as gueixas e suas aprendizes, chamadas de maikos, e também não podem entrar em algumas áreas “particulares” de Gion, sujeitos a uma multa de até dez mil ienes, ou R$ 377.

Foto: ⓒ Q.Sawami/ⓒ JNTO/Reprodução
Na icônica Torre Eiffel, em Paris, França, só é permitido tirar fotos à noite se for para uso pessoal. Caso o intuito seja comercializar a imagem ou para uso da imprensa, é necessário pedir uma autorização à Sociedade de Exploração da Torre Eiffel, empresa dona dos direitos de imagem da iluminação noturna do monumento, que cobra uma taxa pela divulgação do registro.
Isso ocorre porque o show de luzes da torre foi criado em 1985 pelo designer francês Pierre Bideau e ainda não se tornou domínio público, de acordo com as leis de direitos autorais da União Europeia. A proteção deve seguir em vigor até o ano 2091.

Torre Eiffel | Foto: E.Li
Em Amsterdã, na Holanda, o distrito De Wallen, conhecido também como Distrito da Luz Vermelha, é famoso pela prostituição e liberalidade de costumes. É comum ver, durante a noite, profissionais do sexo se exibindo nas janelas dos bordéis. Porém, apesar de não haver uma lei que proíbe o registro de fotos na região, a prática não é bem vista pelos moradores e trabalhadores do bairro.

Foto: reprodução/Rota Amsterdam
O Vale dos Reis, em Luxor, no Egito, foi o local de sepultamento das principais figuras reais do Reino Novo egípcio e, por isso, tornou-se uma das maiores atrações turísticas do país. Entretanto, a fim de preservar a integridade das artes expostas nas paredes e dos artefatos históricos, o governo proibiu que os visitantes tirem fotos dentro das tumbas.
Em alguns locais, os turistas podem comprar autorizações para registrar as imagens. Caso contrário, ao entrar no espaço, celulares e câmeras fotográficas devem ser deixadas na entrada. Até o ano de 2022, era estritamente proibido tirar fotos até mesmo das ruas do país.

Foto: reprodução/Memphis Tours
Atraindo milhares de turistas diariamente, a Capela Sistina, no Vaticano, também proíbe a entrada de câmeras fotográficas e de celulares, pois a luz dos flashes pode desgastar as obras históricas de Michelangelo que estão expostas no local. Porém, esse não é o único motivo para a proibição das fotos.

Foto: reprodução/TripAdvisor
Por fim, o Taj Mahal, na Índia, é mais um dos monumentos que proíbe o registro de fotos em seus espaços. É considerado um local sagrado de descanso eterno do imperador Shah Jahan e de sua esposa Mumtaz Mahal, para quem a construção foi encomendada.
Por isso, tirar fotos por lá é um ato proibido e visto como desrespeitoso. Além disso, o uso de telas também foi proibido, pois pode atrapalhar a experiência de outros visitantes.

Taj Mahal | Foto: reprodução/Remessa Online