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Carla Zambelli é internada e não deve depor ao STF

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não deve comparecer ao depoimento marcado no Supremo Tribunal Federal (STF) para esta quinta-feira, 26, sobre o caso de invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli teve um quadro de arritmia, segundo informações de familiares, e está internada no Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo.

Procurado, o STF não quis se posicionar sobre o caso. O Hcor não divulgou nota sobre o estado de saúde da parlamentar até a publicação deste texto.

De acordo com o irmão de Carla Zambelli, o deputado estadual de São Paulo Bruno Zambelli (PL), a deputada fez um exame de Holter, para monitorar a pressão nos últimos dez dias. O procedimento mostra, ao longo do dia, como a pressão do paciente variou, resultando em um histórico a ser analisado pelo médico.

A audiência para colher os depoimentos está marcada para as 14h, de modo virtual. Procurado, o gabinete da parlamentar informou apenas que a equipe está reunida e que ainda não há definição sobre o comparecimento ou não dela na audiência. Segundo Bruno Zambelli, se ela estiver bem, poderá participar virtualmente. O deputado disse, contudo, que a defesa da deputada quer que testemunhas da acusação sejam ouvidas antes.

Também estão relacionados para prestar depoimento: o hacker Walter Delgatti Neto; Renan César Silva Goulart, ex-assessor de Zambelli; Thiago Eliezer Martins Dos Santos, hacker ex-parceiro de Delgatti; Jean Hernani Guimarães Vilela, assessor de Zambelli; Rosfran Lins Borge, servidor do CNJ; Cristiane De Brum Nunes Marim, ex-assessora de Zambelli; Luan Rocha Brito, que não teve sua ligação especificada pelo STF.

Entenda o caso

Em maio, o Supremo tornou Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti réus por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, após a Procuradoria-Geral da República apresentar denúncia. O ministro do STF Alexandre de Moraes relata o caso. Documentos apreendidos com Zambelli foram considerados provas de seu envolvimento em um esquema para desacreditar o Judiciário, incluindo falsos mandados de prisão e ordens judiciais contra Moraes.

A Polícia Federal (PF) identificou que os documentos encontrados com Zambelli correspondiam aos arquivos inseridos no sistema do CNJ por Delgatti, sugerindo um ataque coordenado. Entre os documentos, havia um falso mandado de prisão contra Moraes e um recibo de bloqueio de bens, visando questionar a credibilidade do Judiciário. Delgatti confessou o crime, alegando ter recebido pagamento de Zambelli, embora parte de seu depoimento tenha sido contestado pela PF.

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