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Cardeais de Brasília expressam luto e esperança após morte do Papa Francisco: “A Igreja está órfã”

Em tom emocionado, ambos refletiram sobre a perda do líder da Igreja Católica e os próximos passos rumo à escolha de um novo sucessor de Pedro

Os cardeais Raymundo Damasceno Assis e Paulo Cezar Costa, nomes ligados à história e ao presente da Arquidiocese de Brasília, compartilharam palavras de pesar, gratidão e fé após o falecimento do Papa Francisco. Em tom emocionado, ambos refletiram sobre a perda do líder da Igreja Católica e os próximos passos rumo à escolha de um novo sucessor de Pedro.

As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (21), na sede da Arquidiocese de Brasília.

“O meu coração está com esse misto de sentimentos de gratidão, mas ao mesmo tempo também dolorido lá por dentro. É assim, com aquele sentimento de ausência, sentimento da perda do Pai. Literalmente, é esse o sentimento”, disse Dom Paulo Cezar Costa, atual arcebispo de Brasília. Ele ressaltou que o Papa Francisco foi, para o mundo, uma figura paterna: “Era alguém que puxava a orelha dos filhos, que dizia: ‘o caminho não é esse’. O mundo precisa de alguém assim.”

O cardeal lembrou ainda que Brasília celebra 65 anos de fundação e da arquidiocese em meio ao luto: “É um dia em que o Pai eterno faz a agenda. Chorando pela perda do Pai, mas agradecendo também por tudo aquilo que o Senhor fez pela nossa cidade e pela Igreja aqui em Brasília.”

Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida e figura de relevância na Igreja do Brasil, também falou sobre o processo que se inicia com a vacância da Sé de Pedro. Ele explicou que não há campanhas ou candidaturas para ser Papa.

“Não tem candidato. Ninguém se candidata e diz: ‘eu sou candidato’. É o consenso que se vai chegando. É uma atitude de fé, onde o Senhor, através dos cardeais, dá o novo bispo para Roma, o novo Papa para a Igreja”, afirmou.

Ambos destacaram a importância do papel do Vaticano como instância de diálogo e presença moral no mundo.

“A Igreja está órfã. Perdeu o bispo de Roma, perdeu o Papa. Nosso dever agora é rezar, entregá-lo ao amor misericordioso do Senhor, e rezar para que o Senhor dê à Igreja um novo Papa segundo o seu coração”, completou Dom Paulo.

Com mais de 80% dos cardeais criados pelo próprio Papa Francisco, a expectativa é que o novo conclave ocorra de maneira rápida.

“Os últimos conclaves foram rápidos. Esperamos que também a Igreja nos dê a alegria de um novo Papa o mais breve possível”, disse Dom Paulo, lembrando que o pontífice anterior foi escolhido no quinto dia de conclave.

Em respeito ao Papa falecido, os cardeais reforçaram que, até agora, não há movimentações internas nem conversas sobre nomes.

“Nunca fui procurado por um cardeal, nunca vi comentários entre nós. Até em respeito ao Papa Francisco. O clima é outro. É a busca de perceber quem pode guiar melhor a Igreja nesse momento”, relatou Dom Damasceno.

O Vaticano, agora em sede vacante, vive um momento de transição, fé e expectativa. Enquanto isso, a Igreja reza em silêncio, em cada missa, em cada oração, pelo descanso eterno de um pastor que marcou uma geração, e pela chegada de um novo Papa capaz de conduzir a barca de Pedro em tempos tão desafiadores.

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