Após a aprovação de uma das principais medidas para aumentar a receita em 2024, conforme previsto na Medida Provisória 1158/2023, que trata das subvenções, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, visa intensificar as conversas com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), para obter apoio na proposta de reestruturação das carreiras do Banco Central.
“Existem muitas assimetrias salariais entre os funcionários do BC e de outros órgãos que precisam ser corrigidas”, afirmou Campos Neto, em um café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (21). Ele reconheceu a preocupação com o estado de greve dos servidores do Banco Central, mesmo considerando meritório o pleito dos servidores.
Campos Neto informou que conversou com os ministros, incluindo Alckmin, sobre a necessidade de resolver as disparidades salariais dos servidores do BC em comparação com outros órgãos. Ele expressou agradecimento ao quadro do Banco Central e afirmou que estão na luta pela melhoria das condições.
O presidente do BC também destacou a necessidade de uma política monetária contracionista até a consolidação do processo de desinflação e ancoragem das expectativas em torno das metas. Sobre o ciclo de queda da taxa Selic, Campos Neto confirmou o ritmo de corte em 0,50 ponto percentual nas próximas duas reuniões.
Em relação à autonomia fiscal, Campos Neto colabora na construção de uma PEC com o senador Vanderlan Cardoso, visando tornar o BC mais competitivo administrativa e financeiramente no futuro. Ele enfatizou a importância dessa medida de longo prazo.
Quanto ao estado de greve dos servidores do Banco Central, iniciado após a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Campos Neto reconheceu as queixas meritórias dos servidores e expressou a intenção de continuar as conversas com os ministros para buscar soluções para as assimetrias salariais. O presidente elogiou as vitórias importantes na agenda econômica, incluindo a promulgação da reforma tributária e a aprovação da MP das subvenções.