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Campanha Novembro Laranja alerta para problemas auditivos

Ação visa informar e educar a população sobre zumbido, misofonia e hiperacusia

Além da campanha de conscientização do câncer de próstata, o mês de novembro também é conhecido por alertar para problemas auditivos, especialmente zumbido, misofonia e hiperacusia, que afetam significativamente a qualidade de vida das pessoas. 

O Novembro Laranja é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), e visa informar e educar a população sobre o cuidado com a saúde auditiva, além de destacar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de problemas relacionados à audição.

O médico otorrinolaringologista João Vitor Bizinoto, que é também especialista em otologia, explica que o zumbido pode ter várias causas e ser temporário (ao ficar exposto a barulhos muito altos, como em festas ou shows) ou crônico.

Nesse último caso, pode surgir a partir de diferentes questões, como perda auditiva, problemas de mordida, estresse, ansiedade, contratura cervical, jejum intermitente, excesso de carboidratos, cafeína e estimulantes, entre outros.

De acordo com Bizinoto, a cura para o zumbido se dá a partir da terapia: “é a forma que se tem hoje em dia de melhor evidência para o tratamento de zumbido”, explica.

Já a hiperacusia é um hiperestímulo ao som, em que barulhos de intensidade normal podem causar estresse e irritabilidade em quem sofre desse problema. Música ambiente e conversa, por exemplo, são alguns sons que podem perturbar pessoas com hiperacusia.

A terceira doença abordada pela campanha é a misofonia, que consiste em uma sensibilidade a tipos específicos de som. Nesse caso, a intensidade não é tão importante, como acontece com a hiperacusia. 

Pessoas que sofrem de misofonia se irritam com sons repetitivos, como mastigação, bateção de perna, canetas, sinos e até mesmo canto de pássaros. O problema é facilmente identificado por um médico otorrino, e o tratamento é a psicoterapia.

Bizinoto explica que “existe uma associação direta, tanto da misofonia, quanto da hiperacusia, com estresse e ansiedade” e, por isso, o principal tratamento é a psicoterapia e a terapia comportamental.

Por fim, o otorrinolaringologista destaca alguns cuidados que são essenciais para a manutenção da saúde auditiva, como evitar o contato com sons muito altos, fones de ouvido e manipulação do ouvido com cotonete, para não perfurar o tímpano. Além disso, é importante fazer o exame de audiometria pelo menos uma vez ao ano.

É importante destacar que, caso você tenha se identificado com algum dos sintomas descritos nesta matéria, é importante procurar um médico especializado na área para investigar.

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