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Camarotes do Mané Garrincha não podem ser usados para atividades não relacionadas ao local

Hoje, espaço é ocupado por clínicas de estética, construtoras, empresas de investimento e de tecnologia e a sede de uma rede de fast food, entre outras

Após vetar a exploração de um atacadão na área do complexo do Estádio Nacional Mané Garrincha, informação que o GPS|Brasília divulgou em primeira mão no ano passado, o Grupo de Trabalho criado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para regular a exploração comercial do complexo trouxe uma determinação importante: os camarotes do estádio não podem ser usados para atividades não relacionadas ao local. Hoje, clínicas de estética, construtoras, empresas de investimento e de tecnologia e a sede de uma rede de fast food estão instaladas no local, denominado Esfera|Arena e Negócios.

A promessa do site da empresa, ligada ao consórcio que administra o estádio, era oferecer “escritórios privativos nas áreas de camarote do Estádio Nacional Mané Garrincha”, em administração conjunta com dois parceiros. Assim, ali se instalaram várias empresas, como o Giraffas, que alugou um espaço de 460m² em 2022, com direito ao uso da área para shows e jogos – o que não ocorre com todos os clientes que decidiram se instalar naquele espaço.

Mas não é só a rede de fast food que se fixou ali. A reportagem encontrou a Ultra Estética instalada em um dos camarotes. A empresa oferece tratamentos estéticos personalizados, como harmonização facial, botox e preenchimento, entre outros.  

 
 
 
 
 
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Também estão sediadas nos camarotes empresas de setores como construção civil e imobiliária. Caso, por exemplo, da Construtora Affonseca Internacional. Empresas de investimentos e de consultoria também ocuparam espaços no estádio. Foi possível identificar os nomes de Stoic Capital, Invest Smart XP e Reag Investimentos. O setor de tecnologia também se fez presente com pelo menos quatro empresas: P2P Inteligência, Zello, Seven Desenvolvimento de Softwares (7DEV) e Grupo ITC Brasil. E em relação aos escritórios de advocacia, foi localizado nas instalações do estádio a SDA Advogados.

 
 
 
 
 
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Muitos dos que alugaram estes espaços, partir de agora, devem ter de procurar outro local para se instalar, após a determinação do Grupo de Trabalho do GDF. Isso porque, por exemplo, os escritórios de advocacia até podem realizar eventos no estádio, mas não alugar espaço na área dos camarotes. 

E o aluguel não foi barato. De acordo com reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico, o preço médio da locação no estádio foi estimado em R$ 133 o metro quadrado. A reportagem de outubro de 2023 fazia uma comparação com o valor de prédios corporativos de alto padrão na Avenida Paulista, em São Paulo, que estava em R$ 126,70 no terceiro trimestre daquele ano. 

Obra pode ser concluída
O GDF autorizou a conclusão da estutura na área do Mané Garrincha onde ficaria o atacadão. Ao jornal Correio Braziliense, o chefe da Casa Civil do GDF, Gustavo Rocha, coordenador do Grupo de Trabalho, vetou o uso da área para este tipo de comércio, mas deu sinal verde para a finalização da estrutura, já que sua construção era prevista no plano de ocupação feito à época da licitação para terceirização do Mané Garrincha.

O uso daquela área para um atacadão não é permitido pelo Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). Após analisarmos com cuidado toda a ocupação do estádio, tomamos as medidas necessárias”, afirmou.

De acordo com o relatório do Grupo de Trabalho do GDF, “as obras de instalação do boulevard estão, em princípio, regulares”,  advetindo que deve ser observado tanto o Masterplan e quanto o PPCUB. E reforçou que ali seria instalado um tipo de comércio que é incompatível com a área.

O projeto apresentado pela concessionária para ocupação da área ficou caracterizado como de um atacadão, o que não foi previsto no projeto original, e o seu uso não é permitido pelo PPCUB”, diz o documento.

Administração do estádio não quis se manifestar
O GPS|Brasília entrou em contato com a administração do Mané Garrincha, questionando se, diante do novo regramento, os contratos seriam rescindidos e se eles pretendiam contestar a decisão do Grupo de Trabalho. Também enviou perguntas sobre quais empresas têm sede ou escritórios no Mané Garrincha e qual a média de valores cobrados por metro quadrado.

Inicialmente, foi dado um prazo até 15h30 desta terça-feira (11), postergado, a pedido, para 17h30. Às 16h56, por meio de WhatsApp, a assessoria enviou mensagem infomando que, “no momento optamos por não nos pronunciar”. O espaço segue aberto para publicar a posição dos concessionários do estádio.

 

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