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Câmara aprova regras em caso de assédio contra mulheres

Texto segue para a sanção presidencial e visa prevenir agressões e constrangimentos
Câmara aprova lei que combate violência contra a mulher
Violência contra a mulher | Foto Arquivo da Agência Brasil

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A Câmara dos Deputados aprovou, na noite da última quarta-feira (6), projeto de lei voltado à prevenção da violência contra mulheres em locais como shows, casas noturnas, competições esportivas e espetáculos musicais realizados em ambientes fechados, nos quais são servidas bebidas alcoólicas. O texto agora segue para a sanção presidencial.

Denominado de “Não é Não”, o protocolo aprovado faz referência ao movimento internacional “Me Too”, buscando estabelecer diretrizes claras para evitar situações de constrangimento e violência contra as mulheres nesses espaços.

As regras propostas pelo protocolo se concentram na prevenção e resposta imediata a agressões, definindo duas categorias: constrangimento, caracterizado por insistência após a recusa da mulher, e violência, que envolve o uso da força resultando em lesões ou danos conforme previsto na legislação.

De acordo com o texto aprovado, os estabelecimentos devem manter uma vigilância ativa para identificar possíveis casos de agressão.

Caso ocorra algum incidente, o local terá permissão para adotar medidas internas visando interromper a violência.

Entre as diretrizes estabelecidas pelo protocolo estão:

  • Proteger a mulher;
  • Adotar medidas de apoio;
  • Afastar a vítima do agressor, inclusive de seu campo de visão;
  • Garantir à mulher a escolha de seu acompanhante;
  • Colaborar para identificar possíveis testemunhas;
  • Solicitar a presença da Polícia Militar ou de agentes competentes;
  • Isolar o local onde houve a violência até a chegada da autoridade;
  • Disponibilizar imagens à Polícia Civil e à perícia, mantendo-as por no mínimo 30 dias;
  • Assegurar os direitos da denunciante.
  • Projeto ressalta que essas regras não se aplicam a eventos ou ambientes religiosos.