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Calor excessivo: os principais problemas de saúde que as altas temperaturas causam

As altas temperaturas podem causar desidratação e agravar doenças; hidratação e cuidados com vulneráveis são essenciais

O calor intenso que marca o verão brasileiro pode trazer graves consequências para a saúde, especialmente quando os termômetros ultrapassam os 40 ºC em várias regiões do país. De acordo com o Ministério da Saúde, a exposição prolongada a altas temperaturas provoca desidratação, fadiga e até mesmo quadros de insolação, além de agravar condições crônicas como hipertensão e problemas respiratórios.

A médica Fabiana Soares, focada em saúde familiar, alerta sobre a importância de medidas preventivas, como hidratação constante, evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes e dar atenção especial a crianças, idosos e pessoas com saúde fragilizada, grupos mais vulneráveis.

“As pessoas que mais sofrem com o calor excessivo são as pessoas que já têm alguma doença crônica, cardiovascular, respiratória, pressão alta, diabetes e asma, essas pessoas ficam mais suscetíveis. Crianças e idosos também podem apresentar problemas como a desidratação leve, que vai gerar sede, um mal-estar ou até a desidratação grave com insolação e o desmaio, que é a exaustão pelo calor, a pessoa chega a desmaiar. Pessoas em situação de rua, que ficam mais expostas, também sofrem mais, além das pessoas que  trabalham o dia inteiro no sol”, explica a especialista. 

O calor excessivo pode se tornar um risco grave para a saúde, especialmente em temperaturas acima de 41 ºC, alerta a médica Fabiana. “Essa faixa é considerada perigosa e pode gerar problemas gravíssimos, como desidratação severa, insolação e até risco de morte”, explica. A especialista destaca que, mesmo com 32 ºC, combinados a uma alta umidade, o corpo já enfrenta dificuldades para dissipar o calor, levando a quadros leves de desidratação. “Temperaturas de 39 ºC representam um risco moderado, mas, acima disso, os perigos aumentam drasticamente, principalmente para crianças, idosos, trabalhadores expostos ao sol e moradores de rua”, pontua.

Entre os problemas de saúde ocasionados pelas altas temperaturas, está a desidratação e insolação, sendo essencial identificar os sintomas precocemente e agir de forma adequada. De acordo com a médica, os sinais iniciais dessas condições incluem dor de cabeça, cansaço, mal-estar e sudorese excessiva. “Às vezes, a pessoa não sabe que já está com algum sintoma. Ela diz: ‘Não estou bem, estou meio mal, mas não sei dizer o que é’, e já pode ser um quadro de desidratação”, alerta a especialista.

Caso não haja reposição de líquidos, o quadro pode evoluir para desmaios, confusão mental e hipertermia, com a pele ficando seca e quente, o pulso acelerado e, em casos graves, perda de consciência. Diferenciar os sinais leves de problemas mais graves causados pelo calor é fundamental para buscar o tratamento correto. “Se os sintomas forem mais leves, como sede excessiva, cansaço, mal-estar e sudorese, basta repor líquidos, beber bastante água ou isotônicos e evitar a exposição ao sol, além de repousar”, orienta Fabiana. 

No entanto, se houver sinais como vômitos, pele extremamente quente, desorientação, confusão mental ou desmaios, o caso exige atenção médica imediata. “Nessas situações, é necessário atendimento de emergência para reposição hídrica venosa e controle de eletrólitos, pois o quadro já é mais grave”, explica a médica Fabiana. A demora em procurar socorro pode levar a complicações fatais, especialmente em casos de insolação, que frequentemente resultam em hipertermia e febre alta.

Identificar o momento certo de buscar atendimento médico é essencial. Segundo a especialista, mal-estar leve, sede e tontura transitória podem ser tratados com hidratação oral, como água e isotônicos. No entanto, se os sintomas persistirem ou evoluírem para desorientação, febre alta ou perda de consciência, é hora de ir ao pronto-socorro. “A insolação gera esse tipo de quadro. Sem atendimento médico, isso pode ser fatal”, alerta a médica.

Em situações de emergência causadas pelo calor, os primeiros socorros são fundamentais para estabilizar a condição da pessoa enquanto o atendimento especializado não é possível. “Se alguém estiver sofrendo de insolação, a primeira medida é retirar essa pessoa do ambiente de calor intenso e colocá-la em um local fresco, com ventilação ou ar-condicionado”, orienta Fabiana. Também é importante remover roupas em excesso e oferecer água fresca ou bebidas isotônicas, que ajudam a prevenir a desidratação. “Para casos graves, como confusão mental ou desmaios, o ideal é levar a pessoa imediatamente para o pronto-socorro”, ressalta.

Medidas preventivas

Em dias de calor intenso, adotar medidas preventivas é crucial para evitar complicações de saúde. A hidratação constante é a principal recomendação. “Beber água é fundamental”, afirma a médica Fabiana, ressaltando que carregar uma garrafinha e repor líquidos ao longo do dia é essencial. Além disso, proteger-se com chapéus, óculos e protetor solar ajuda a minimizar os riscos. “Manter os ambientes ventilados, preferencialmente com ar-condicionado, é outra medida importante. E, claro, evitar atividades físicas intensas entre 10h e 16h”, complementa a especialista. Essas ações são imprescindíveis para manter o bem-estar durante os períodos mais quentes, prevenindo problemas como a desidratação e insolação.

Embora a hidratação seja o pilar da prevenção, a médica alerta que outros cuidados são igualmente necessários. “Não basta só beber líquidos, é preciso se proteger do calor intenso”, explica a médica. O uso de roupas leves e de cores claras, bem como evitar a exposição direta ao sol em horários críticos, também são práticas fundamentais. Além disso, a especialista recomenda evitar o consumo excessivo de álcool e café, que podem agravar o quadro de desidratação. “Esses cuidados ajudam a garantir que o corpo não entre em colapso, principalmente em condições extremas de calor”, ressalta.

Quando o calor extremo afeta crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, o cuidado precisa ser redobrado. “Esses grupos são mais vulneráveis à desidratação e seus efeitos”, adverte a médica. Para as crianças, a atenção com a ingestão de líquidos é constante, já que elas podem não pedir água quando sentem sede. “Para os idosos, o desafio é ainda maior, pois eles tendem a esquecer de beber água. É preciso estar atento e oferecer líquidos com frequência”, orienta. No caso de pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, a desidratação pode agravar ainda mais o quadro, tornando o controle hídrico um fator essencial para a saúde.

A prática de atividades físicas também exige cuidados especiais durante os períodos de calor intenso. “Evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h é crucial”, alerta Fabiana. A especialista recomenda a realização de exercícios em horários mais frescos, como pela manhã cedo ou ao final da tarde, quando o calor é mais ameno. “Manter-se hidratado é essencial, e a escolha de roupas leves e frescas também ajuda a regular a temperatura corporal”, destaca. Caso a pessoa sinta sinais de cansaço excessivo, dor de cabeça ou mal-estar, é fundamental interromper a atividade física e procurar um local fresco para se recuperar.

O calor excessivo pode desencadear uma série de problemas de saúde graves, sendo a desidratação o principal deles. “Quando o corpo perde líquidos e eletrólitos, isso pode levar a sintomas como dor de cabeça, tontura e fraqueza”, explica a médica. A insolação, quando a temperatura do corpo atinge níveis perigosos, pode causar danos neurológicos e até levar à morte. “Além disso, pessoas com doenças cardiovasculares estão mais suscetíveis a problemas como infarto ou derrame, devido à sobrecarga no sistema cardiovascular”, alerta.

 

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