A aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) foi aprovada, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), nesta terça-feira (17). A compra, agora, precisa ser avalizada pelo Banco Central.
Avaliado em R$ 2 bilhões, o negócio compreende a incorporação de 58% do capital do Banco Master pelo BRB, além de 49% de ações ordinárias e de 100% das ações preferenciais.
A aquisição foi aprovada ainda em março, por unanimidade, pelo Conselho de Administração do BRB, que passa a ter 15 milhões de clientes, R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações.
Logo após o anúncio, a aquisição ganhou destaque no mercado financeiro. A operação faz parte da estratégia de expansão do BRB no sistema bancário nacional, ampliando sua presença no setor privado atuação em áreas como crédito, investimentos e mercado de capitais.
Aval da Justiça
Em maio, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) autorizou a continuidade do processo de compra.
A decisão foi proferida na noite desta sexta-feira (9/5) pelo desembargador João Egmont, que revogou a liminar anteriormente concedida pela 1ª Vara da Fazenda Pública do DF e liberou a assinatura do contrato entre as instituições financeiras.
A ação havia sido movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), sob o argumento de que a transação exigiria autorização legislativa específica, conforme a Lei nº 13.303/16, a qual rege a negociação.
No entanto, o magistrado acolheu os recursos apresentados pelo BRB e pelo Governo do Distrito Federal (GDF), concluindo que não havia risco iminente ou dano irreparável que justificasse a suspensão da operação.