“Quem acha que carro elétrico é o futuro está enganado. Já é uma realidade”. A frase é de Caio Mandarino, gerente da Saga BYD, mas não é apenas porque o especialista atua à frente da concessionária que comercializa quatro modelos entre veículos híbridos e 100% elétricos aqui no Distrito Federal. “Temos a melhor solução de bateria do mercado e oferecemos carros com desempenho e acabamento superiores”, completa.
Com design europeu, a fabricante chinesa mostra credenciais que impressionam. Foram dois milhões de veículos vendidos no país de origem em 2022, o que representa 100% do mercado brasileiro. Além do benefício para o meio ambiente, já que não poluem o ar, os veículos elétricos são isentos de IPVA no DF. Já existem pontos de recarga em shoppings, supermercados e em edifícios com projetos modernos, especialmente no Noroeste. A tendência é que o número de estações de carregamento se multiplique nos próximos anos.
Com o objetivo de levar a BYD a um novo patamar na cidade, Mandarino foi escolhido para comandar a concessionária. Engenheiro Mecânico formado na Universidade de Brasília (UnB), ele ingressou na empresa em 2014, como trainee. Já são quase dez anos de empresa e passagens por concessionárias como Hyundai, Jeep, Toyota e Citroën. Mandarino cursou MBA em Gestão de Negócios para se aprimorar. O gerente fez questão de participar do início da divisão de automóveis da BYD por saber do potencial que a empresa tem.
A BYD é conhecida pela produção de baterias e está presente no Brasil desde 2015, atuando no ramo de ônibus e veículos industriais elétricos. O nome é ocidentalizado. BYD significa Build Your Dreams – construa seus sonhos, em português. Os veículos trazidos para o Brasil são os SUVs Song Plus, Tan EV e Yuan Plus EV e o sedan Han EV.
Entre eles, o Song Plus é o único híbrido plug-in, ou seja, um veículo que possui dois motores, um elétrico e outro a gasolina. Todos os outros são “abastecidos” apenas ligados na tomada. Em julho, estão previstos dois novos modelos, Dolphin e Seal. Ambos são mais compactos que o resto da linha, sendo que o segundo deles deve ser o carro elétrico com maior autonomia do Brasil, podendo rodar até 700 km com uma recarga.
Com os lançamentos, a expectativa da marca é estar cada vez mais presente entre os nichos de consumidor. Segundo o gerente da loja, os produtos possuem potencial para conquistar um espaço significativo no Brasil. “A BYD é a terceira montadora mais valiosa do mundo. O mercado não tem sentimento, coração nem nacionalidade. Os analistas enxergam algo disruptivo na BYD, o que faz com que a montadora seja a terceira mais valiosa do mundo, perdendo só para Tesla e Toyota”, analisa. O dado citado é da plataforma Companies Market Cap.
Atualmente, todos os veículos da BYD são importados, mas esse cenário deve mudar. Em viagem ao país asiático, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Wang Chuanfu, CEO da multinacional. A montadora pretende adquirir uma fábrica em Camaçari, na Bahia, que antes abrigava a Ford. Assim, as operações no Brasil podem se tornar ainda mais fortes e essa será a primeira linha de montagem de veículos da BYD fora da China.
Mandarino acredita que o preconceito que existia com montadoras chinesas e carros elétricos é coisa do passado, já que os padrões de concepção e fabricação são altos. “É um carro que entrega muito luxo, sofisticação, segurança e o compromisso da montadora de ter zero emissão de poluentes”, relembra.
Um dos indicativos com que a fabricante busca bater de frente com as concorrentes é a presença de nomes conhecidos da indústria. O centro de design é comandado por Wolfgang Egger, que passou pela Audi, e o setor de interiores é Michele Jauch-Paganetti, ex-Mercedes-Benz. O resultado agrada aos olhos: são carros com aparência premium e bons materiais. Praticamente não se vê plásticos duros ou peças mal encaixadas, a exemplo de carros chineses da década passada.
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