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Briga entre sargento da PM e policial civil tem “cala a boca”, acusações e caso pode acabar na Justiça

Agente da PCDF diz ter sofrido abordagem abusiva em blitz no Paranoá após comunicar que entraria no plantão da 6ª DP

Uma discussão acalorada entre um agente da Polícia Civil (PCDF) e um sargento da Polícia Militar (PMDF), na noite do último domingo (5), acirrou a rivalidade entre as forças de segurança distritais e pode acabar sendo julgada nos tribunais. O vídeo com a abordagem (veja abaixo) foi divulgado apenas na noite de segunda-feira (6).

Conforme as imagens que circulam nas redes sociais, o agente da Polícia Civil disse ter sido acusado pelo militar de dirigir sob efeito de álcool. O fato ocorreu nas proximidades do Paranoá, região administrativa do Distrito Federal.

Por ter informado que estaria a serviço da PCDF e a caminho do plantão na 6º Delegacia de Polícia (Paranoá), o policial civil avaliou, a princípio, que não realizaria o bafômetro.

“Estou indo para o plantão, não bebo. Me leve para o IML [Instituto Médico Legal] e eu vou provar minha inocência”, sugeriu o integrante da PCDF.

Apesar do posicionamento, o militar da blitz não isentou o agente de confirmar o estado de sobriedade por meio do exame rápido.

Logo após, o agente da PCDF recuou e atendeu o pedido dos militares. O resultado do exame deu negativo, conforme a versão inicial do policial civil.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), durante uma blitz, o condutor pode se recusar a fazer o bafômetro, para evitar a criação de provas contra si próprio. Contudo, a decisão pode resultar em várias sanções, como multa e até a suspensão do direito de dirigir.

Veja parte da gravação:

Bate-boca

Conforme a  gravação feita pelo policial civil, em determinado momento, o sargento mandou o agente “calar a boca”, o que aumentou a tensão durante a abordagem. 

“Com base em qual lei você me manda calar a boca?”, questionou o policial civil.

O vídeo ainda indica existir rivalidade entre as duas corporações distritais para justificar a investida do policial militar, considerada pelo agente como abusiva.  

“Você está de sacanagem [comigo] pelo fato de eu ser ‘cana’ [apelido dado aos integrantes da Polícia Civil]”, acusou. “Vocês {PMs} precisam acabar com isso”, continuou.

Um boletim de ocorrência foi registrado na 6º Delegacia de Polícia. O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF) também foi acionado para garantir assistência jurídica ao agente da PCDF.

O que diz a PMDF?

Em nota ao GPS|Brasília, a Polícia Militar garantiu a legalidade a abordagem durante a blitz realizada no domingo (5).

Um condutor foi abordado e questionado se aceitaria realizar o teste do etilômetro. Num primeiro momento, resistiu em fazer o teste, informando que não bebeu e que estaria indo trabalhar. Nesse sentido lhe fora informado que a recusa em realizar o teste configura infração, independente de ter ingerido bebiba alcoólica, e que nesse caso não há necessidade de se deslocar até a DP. Após discussão entre os envolvidos, o condutor realizou o teste, deu negativo e foi liberado, conforme prevê o CTB”, registrou.

 

 

 

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