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Briga de bar entre agente e delegada incendeia WhatsApp da PCDF

Novas imagens foram compartilhadas em grupos de policias de Brasília
Polícia Civil do DF
Polícia Civil do DF | Foto: Reprodução/PCDF

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Nos corredores da Polícia Civil, o assunto que domina é o possível surgimento de novos capítulos de uma briga entre agente e uma delegada da PCDF, num bar de Vicente Pires, no Distrito Federal. O caso ocorreu durante a madrugada de quarta-feira (27) e foi revelado pelo Metrópoles.

Policial de custódia, Rodrigo Rodrigues Dias foi liberado pela Justiça, horas após ter sido preso pela Polícia Militar (PMDF), quando foi acusado de atentar contra a colega de instituição.

A decisão judicial célere, contudo, foi o motivo para que o tema tomasse conta das roda de conversas (mesmo que virtuais) entre os servidores da instituição de segurança pública.

Alguns policiais da PCDF, especialmente agentes, passaram a compartilhar um novo vídeo nos grupos de WhatsApp, gravado supostamente por um vizinho do bar, para questionar a versão oficial até então veiculada pela imprensa. As imagens estão em poder da Justiça. 

Apesar dos posicionamentos individuais nas comunidades, a maioria dos integrantes da PCDF defende uma investigação imparcial sobre o caso.

Veja o vídeo das câmeras do bar:

Entenda os vídeos

No vídeo entregue pelo bar, por exemplo, Rodrigo aparece puxando a parte de trás do cabelo de uma mulher, que o acompanhava na mesma mesa de bar. Eles estavam com um amigo, que foi omisso durante o desentendimento inicial.

Pelas imagens do estabelecimento, a agressão ocorreu após o agente receber alguns tapas da mulher, os quais refletiram um possível incômodo dela com uma discussão entre os dois.

A moça, então, decide se levantar e muda de lugar, quando se acomoda ao lado da terceira pessoa, o amigo que estava na mesma mesa. Minutos depois, após as diferenças estarem supostamente equacionadas, Rodrigo é repreendido pela delegada Karen Langkammer.

Abordagem

Ao questionar a abordagem, Rodrigo acaba sendo agredido por outros homens, que também estavam no bar, possivelmente na companhia da delegada da PCDF. Na briga entre os envolvidos, a camiseta do agente policial foi rasgada. Mesmo assim, a delegada tentou acalmar a confusão. 

Durante a ocorrência, o policial tentou reagir. Com coragem, a delegada se aproximou e tentou, aparentemente, uma conversa com o policial, sem sucesso.

Com isso, o possível acompanhante da delegada investiu novamente contra Rodrigo, já numa segunda tentativa, tendo que ser contido pelos garçons do estabelecimento.

O agente, então, estapeia a colega de PCDF e saca a arma para apontar contra o grupo rival de homens. O momento do disparo não é mostrado no vídeo capturado pelo estabelecimento e entregue à Justiça.

Contudo, um novo vídeo o qual a PCDF teve acesso, possivelmente gravado por um suposto vizinho do bar, indica que o tiro não teria acertado diretamente a delegada, conforme a versão inicial, dizem os policiais.

A justificativa é de que ela continuaria a conversar com o agente policial, mesmo após o disparo, tentando convencê-lo a guardar o armamento.

Veja o vídeo do suposto morador de Vicente Pires:

WhatsApp da PCDF

Após a análise das imagens, integrantes da PCDF polemizaram sobre a ocorrência em Vicente Pires nas redes de conversas corporativas. Num dos prints, o qual a coluna teve acesso, um alto integrante da instituição fez a análise sobre o caso. 

“Parece que já era alta madrugada, o bar já estava fechando. Os dois com o ** cheio de cachaça. Na ****** não existe hierarquia. Tem que saber quem é esse ****** que estava com a delegada. Ele que arrumou toda essa arenga”, opinou. 

Na mesma comunidade, um outro comentário chamou a atenção: “O problema aqui são os julgamentos precipitados de alguns colegas da própria instituição PCDF. Já fizeram o indiciamento! Fizeram a denúncia! E, por fim, já o condenaram sem observarem os princípios básicos da ampla defesa e do contraditório. Fogo amigo. Quem é que precisa de inimigo?”, provocou o policial.

Prisão em flagrante

Durante a madrugada do episódio, a Polícia Militar (PMDF) foi acionada e, ao tentar negociar a rendição do suspeito, ele acabou sendo desarmado. O agente portava uma pistola Glock 9 mm, com oito munições.

Rodrigo foi preso em flagrante por disparo em via pública, lesão corporal e vias de fato. O caso, inicialmente, foi registrado na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), mas posteriormente acabou encaminhado para a Corregedoria-Geral de PCDF, onde as condutas serão averiguadas.

No caso da delegada, a postura será investigada na esfera administrativa. Já sobre as acusações contra Rodrigo, além da questão administrativa, o caso também terá desdobramento na esfera criminal.

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