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Brevê completa 7 meses de publicação na GPS e chega a 700 mil leitores

O poema dessa semana tateia as curvas do tempo compartilhado.

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Agora suas costas doem como

as curvas costas de seus pés doíam

no tempo em que vivíamos dançando

e a vida nos atava por um fio.

 

E agora minhas mãos deslizam pelo

seu dorso curvo em pelo dolorido

e os dedos emaranho em seu tecido

cosendo em seu socorro meu desvelo.

 

E agora que o amor socorre é quando

o amor enquanto amor tem mais sentido:

um par seguir dançando, se amparando,

dois corpos que se encurvam, doloridos.

 

O tempo despendido esplende enquanto

o agora se distende e as horas param.

No par, entrelaçado, dá-se o encanto:

seus corpos, tão doídos, se reparam.

 

Veja também as páginas anteriores, aqui no portal e no insta @joaopalmo.

 

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