Após três dias detido em Israel, o ativista brasileiro Thiago Ávila foi libertado nesta quarta-feira (11), junto a outros seis passageiros da embarcação humanitária Madleen. O grupo foi transferido para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, de onde embarcou para seus países de origem. De acordo com a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), Thiago fará uma escala em Madrid e deve desembarcar no Brasil na manhã de sexta-feira (13).
O ativista foi preso no último domingo (8), quando forças israelenses interceptaram a embarcação em águas internacionais, a cerca de 200 quilômetros da costa da Faixa de Gaza. A Madleen integrava uma ação da Coalizão Flotilha da Liberdade, organização que tenta romper o bloqueio imposto por Israel ao território palestino. A bordo, o grupo levava ajuda humanitária, como fórmulas infantis, alimentos e água potável.
Durante a detenção, Thiago foi colocado em uma cela solitária na prisão de Givon, em Ramla, após iniciar uma greve de fome. Ele se recusou a assinar um termo que o acusava formalmente de crime — exigência feita pelas autoridades israelenses como condição para a deportação.
Além do brasileiro, também foram libertados os ativistas Rima Hassan e Reva Viard, da França; Yasmin Acar, da Alemanha; Suayb Ordu, da Turquia; e Mark Rennes, da Holanda.
Segundo a Coalizão Flotilha da Liberdade, os sete ativistas foram alvo de detenção arbitrária por desafiar o bloqueio a Gaza, região onde mais de 55 mil pessoas morreram em 20 meses de conflito.