O que começou apenas como um objeto de estudo acabou se tornando um aliado para idosos com demência ou portadores de Alzheimer. Despretensiosamente, a estudante Maria Eduarda Brum, de 16 anos, ajudou a desenvolver jogos voltados para esse público, em um projeto que promove estudos e pesquisas que abordam os desafios do envelhecimento de forma integrada e colaborativa. A iniciativa, que também já foi testada na Itália, busca estimular a comunicação e o vínculo entre os mais novos e os mais velhos.
Segundo a estudante, o interesse em fazer jogos para idosos aconteceu há dois anos, com um edital que tinha o objetivo de trabalhar, tanto com pessoas da terceira idade como com adolescentes e crianças. O projeto utilizou jogos de tecido e de memória em cartas, avaliando suas contribuições para o estímulo cognitivo e a interação social, inclusive entre idosos com demência e Doença de Alzheimer. Na equipe de desenvolvimento, cada integrante desempenhou um papel diferente.
“Minha função foi desenhar os jogos sob a orientação do meu coordenador, enquanto minhas colegas testavam as mecânicas. Os resultados superaram o que eu esperava, conseguimos testar os jogos aqui no Brasil e também na Itália. Foi gratificante ver como eles realmente ajudam a unir gerações”, destaca Maria Eduarda, que é estudante do 2º ano do ensino médio na escola Maple Bear, localizada no Sudoeste.
Maria Eduarda ainda fala sobre como a escola sempre tem um papel essencial no apoio à iniciativas como esse. “A escola sempre incentivou meus projetos desde 2020, e isso fez toda a diferença para que eu pudesse me envolver ativamente nesse trabalho”, afirma.
Além de promover a interação, o estudo concluiu que jogos intergeracionais são ferramentas poderosas para fortalecer laços, promover aprendizado mútuo e melhorar a qualidade de vida dos idosos.