Carolina Cardoso A quarta edição do Brasília Trends Fashion Week (BTFW) desembarca na capital federal com uma proposta autêntica e um compromisso inegociável com a inclusão e a pluralidade na moda. Sob a inspiração da madrinha do evento, Luíza Brunet, empresária, atriz e ativista, o BTFW, realizado de 8 a 10 de dezembro no Sesc Guará, não é apenas um desfile de tendências, mas um mergulho profundo na rica tapeçaria histórica que envolve a moda.
As passarelas do BTFW vão além de palcos para a exibição de peças de vestuário; são testemunhas de narrativas autênticas, contadas por meio das criações de artesãos locais, artistas, e a indústria em si. Em um espetáculo que vai além do visual, o evento destaca as histórias de indivíduos do Distrito Federal, do Brasil e do mundo, tecendo uma trama que celebra a diversidade cultural e criativa.
A economia criativa é o fio condutor, unindo produções autorais que vão desde o artesanato até a indústria de maneira integrada. O evento, promovido pelo Codese/DF e organizado pelo Grupo Cirandinha, traz à cena uma sinfonia de empresários, modelos, músicos, autoridades e parceiros estratégicos. Uma coalizão de forças que inclui instituições fundamentais como GDF, Secretaria de Turismo/DF, Fecomércio-DF, SESC-DF, SENAC-DF, SEBRAE – DF, entre outras, garantindo a solidez e eficácia do Brasília Trends.
O tema ‘Moda Inclusiva e Plural’ permeia toda a experiência do BTFW, desafiando padrões estéticos que permearam a indústria ao longo do tempo. Bernardeth Martins, CEO do Grupo Cirandinha, destaca a urgência de desconstruir os paradigmas de peso, altura, idade e poder aquisitivo.
“Temos que incluir todas as pessoas no mundo fashion. O Brasília Trends tem o propósito de inclusão onde reafirmamos que a moda não faz distinção de gênero, idade ou biótipo e que há espaço para todos e todas. O importante é amarmos o que somos, como somos e vestirmos de acordo com o que é a nossa realidade”, diz a idealizadora do Brasília Trends.
Formato
Serão apresentados aproximadamente doze de desfiles diariamente, além de palestras, oficinas, rodas de conversa, exposição de arte, artesanato, loja colaborativa, circuito de economia solidária, apresentações musicais, gastronomia e ações de inclusão social, com a participação especial das Embaixadas da Tanzânia, Quênia, Zâmbia e Camarões. A parte estrutural do evento conta com diferentes espaços de circulação.
Durante os três dias de celebração, as passarelas não são apenas uma vitrine de estilos, mas um palco para iniciativas que capacitam mulheres em situação de vulnerabilidade, promovem a inclusão e debatem questões urgentes que afetam a indústria da moda, como o tráfico de pessoas, trabalho escravo e infantil.
O Espaço Learning, por exemplo, serve como arena para palestras e workshops que abordam temas delicados, incluindo tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho escravo, infantil e violência contra a mulher. Luíza Brunet, ativista incansável pelos direitos das mulheres, lidera essas conversas, trazendo sua voz para temas que exigem nossa atenção coletiva.
No Espaço Fashion, as passarelas ganham vida com desfiles que transcendem o conceito convencional. A inclusão é evidenciada com a participação da Tribo Waraos, grupo étnico refugiado do Norte da Venezuela, e mulheres capacitadas em situação de vulnerabilidade, que apresentam suas criações autorais.
No Espaço Business, o BTFW se torna um terreno fértil para oportunidades de negócios, proporcionando aos empresários do setor e artistas locais espaços exclusivos para expor e comercializar suas criações.
