Victor Fuzeira O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou nesta sexta-feira (13) que irá licitar, até o final deste ano, a construção da quarta e quinta pontes do Lago Sul. A informação sobre a construção dos novos elevados foi antecipada pelo chefe do Executivo ao GPS|Brasília em abril.
Segundo o governador, as obras têm como objetivo destravar o trânsito cada vez mais sobrecarregado na região e preparar a capital para o crescimento urbano das próximas décadas. A expectativa é de que as obras custem até R$1,4 bilhão aos cofres públicos.
“Brasília já está estrangulada. A cidade está crescendo muito, especialmente nesta região: Jardim Botânico, Tororó; condomínios e áreas com grande potencial habitacional, mas que precisam de infraestrutura”, afirmou Ibaneis.
Conforme antecipado pela reportagem, uma das pontes ligará a QL 28 do Lago Sul às redondezas da antiga Academia de Tênis, no Setor de Clubes Sul. A outra será construída aproximadamente 300 metros acima da ponte atual, na Barragem do Lago Paranoá, que não permite tráfego de caminhões.
“O projeto está lindo. Não é nada luxuoso como a Ponte JK, mas sabemos que a atual estrutura está sobrecarregada, especialmente pela manhã, com o trânsito vindo do Jardim Botânico e das regiões do Lago Sul e do DF”, comentou o gestor.
De acordo com o titular do Palácio do Buriti, o projeto das duas travessias já está bem encaminhado, com recursos assegurados por meio de financiamentos bancários e pela Terracap.
A licitação deve ser lançada entre outubro e o início de novembro. O início das obras está previsto para 2026, com entrega estimada entre dois e três anos.
“Não quis fazer monumentos. O objetivo é dar viabilidade urbana, fluidez no trânsito e melhorar a qualidade de vida da população”, reforçou Ibaneis. A ponte que passará ao lado do Clube de Golfe terá custo estimado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão. A outra, de menor porte, deve custar entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões.
Clube de golfe
O anúncio foi feito durante cerimônia de entrega da escritura pública de concessão de direito real de uso do terreno do Clube de Golfe. A nova regularização põe fim a um impasse que durava 16 anos.
“Foi um processo trabalhoso, mas curto. O Clube de Golfe é histórico, e ninguém melhor para preservar a área tombada do que os próprios sócios, que são apaixonados por esse esporte e fazem um trabalho exemplar”, ressaltou Ibaneis.
Para o presidente da Novacap, Izídio Santos, a entrega da escritura é símbolo do compromisso do governo com a segurança jurídica de entidades que ajudam a formar a identidade de Brasília. “Já entregamos documentos a clubes, igrejas e outras ocupações que perduraram por 20, 30 anos. Aqui, neste caso, são quase cinco décadas de espera”, afirmou.
Emocionado, o presidente do clube, Norton de Andrade Fritzsche, classificou o momento como “histórico”. “A assinatura da escritura representa a realização de um sonho acalentado por mais de uma década e marca uma nova era de estabilidade para o nosso clube”, declarou.
