Uma programação voltada para quatro das principais capitais brasileiras, incluindo Brasília, inicia nesta quinta-feira, 6, com o intuito de ampliar a visibilidade de 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha no Brasil. Chamado de Festival Latinidades 2023 — e com tradição de 16 edições –, este ano a mostra tem como tema o ‘bem viver’, um estilo de vida relacionado a povos originários, com ligação direta entre o Meio Ambiente e práticas sustentáveis.
A primeira casa do festival será o Museu Nacional da República. Até 9 de julho, o museu receberá diversas autoridades em assuntos dos mais variados, como equidade de raça gênero, literatura marginal, alimentação ancestral, igualdade social para afro-latinos, mulheres e o fim violência sexual, entre outros.
A programação conta, ainda, com lançamentos literários, rodada de negócios, desfiles e apresentações de dança, teatro e música.
Confira programação completa:
Este é considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, envolvendo anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional (mais de 20 países). Esta é a primeira vez que o festival se extenderá para outras capitais, aumentando a visibilidade e importância do evento que celebra o 25 de julho. Para o Rio de Janeiro, seguirá a partir do dia 15; em São Paulo, dos dias 21 a 23; e, por fim, Salvador em 29 e 30.
O festival
Idealizado por Jaqueline Fernandes, o Latinidades é um festival multilinguagens que busca desenvolver diálogos com o poder público e com organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e outros grupos. É um espaço para convergir iniciativas do estado e da sociedade civil relacionadas ao enfrentamento do racismo, sexismo e promoção da igualdade racial.
O Festival Latinidades foi selecionado pelo Natura Musical, no Edital 2023, ao lado de nomes como Brisa Flow, Stefanie, Canto Sagrados Kariri-Xocó, Circuito Manacaos, Malka Julieta e Quilombo Groove. Ao longo de 18 anos, o Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 600 projetos, entre nomes consagrados como Emicida, Russo e Antônio Carlos e Jocafi, Dona Onete e João Donato; artistas em ascensão como Linn da Quebrada, Rico Dalasam; e projetos de registro e fomento de cenas, como Os Tincoãs e Mostra Pankararu de Música.
“Este projeto, assim como os demais selecionados pelo edital Natura Musical, é capaz de propor debates urgentes, que impactam na construção de um mundo melhor. Vemos nesse projeto um potencial de legado, de impacto simbólico, capaz de inspirar transformações agora e no futuro”, completa Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.
Além do patrocínio Natura Musical, a edição 2023 tem apoio do Instituto Ibirapitanga, Fundação Ford, Oxfam Brasil, Edital Cultura Circular, Oi Futuro e British Council.