Brasília está entre os 4.832 municípios brasileiros com registros de população indígena vivendo na cidade. Dados do Senso 2022, divulgados nesta segunda-feira (7), apontam que dos cerca de 1,7 milhão de índios que residem no Brasil, 5.813 estão na capital do país.
Em 2010, o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que no DF tinha 6.128 indígenas. A maior parte (97%) se concentrava em área urbana. Na época, as três regiões administrativas com maior população indígena eram Ceilândia (13%), Planaltina (8,6%) e Samambaia (8,5%).
A comunidade indígena Bananal, também conhecida como Santuário dos Pajés, localiza-se na área de remanescente de cerrado da Asa Norte, onde foi construído o Setor Noroeste. A área é habitada por diferentes etnias, dentre elas os Fulni-Ô Tapuya, Tuxá, Kariri-Xocó e Guajajara. A ocupação do espaço para construção da área residencial, inclusive, foi alvo de resistência da população indígena, e resultou numa tensa e demorada negociação com o Governo do Distrito Federal para a urbanização do bairro.
Dos estados do Centro-Oeste, Goiás aparece à frente com registro de vida indígena em 379 municípios, seguido do Mato Grosso com 131 e do Mato Grosso do Sul com 79 cidades – algumas com registros de um ou dois representantes dessa comunidade.
Manaus é a cidade brasileira com a maior população indígena, em números absolutos: são 71.713 mil pessoas desse grupo social. Outros dois municípios do Amazonas vêm na sequência: São Gabriel da Cachoeira, próximo às fronteiras com a Venezuela e a Colômbia, com 48.256 indígenas, e Tabatinga, com 34.497.