Brasília, a cidade que nasceu do sonho visionário e da ousadia de Juscelino Kubitschek, chega aos 65 anos reafirmando seu DNA inovador. Se a capital despontou como um marco da arquitetura e da política, hoje, também se consolida como referência na medicina moderna. Considerada uma tecnologia tão precisa que parece ter saído de um filme de ficção científica, a cirurgia robótica de coluna está colocando a cidade no mapa da inovação médica global.
Desde outubro de 2022, o cirurgião ortopedista Rodrigo Lima tem aplicado a técnica, que combina inteligência artificial e robótica de última geração. Nesse período, mais de 100 pacientes já passaram pelo procedimento com sucesso, beneficiando-se de uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.
O pioneirismo da capital atraiu a atenção do mundo pelo resultado gerado com a precisão cirúrgica que garante recuperação rápida e menos dor no pós-operatório. Médicos de países como Chile, Argentina, México, Colômbia e Panamá já vieram até a capital para aprender a técnica. “Brasília se tornou referência ao reunir três pilares essenciais: uma equipe altamente qualificada, um hospital com tecnologia de ponta e o acesso dos pacientes ao procedimento”, destaca Lima.
Para receber os médicos estrangeiros, foi criado um protocolo estruturado que inclui uma fase teórica, análise de casos clínicos e acompanhamento prático das cirurgias. “Eles veem o robô em ação, o que facilita o aprendizado e acelera a adoção da técnica em seus países”, explica o ortopedista.
Além de capacitar médicos, Brasília tem se consolidado como destino de saúde. Mais de trinta pacientes de outros estados já viajaram até a capital para realizar a cirurgia robótica de coluna, atraídos pelos benefícios do procedimento.
Realizada no Hospital Santa Lúcia, um dos mais avançados do País onde Rodrigo Lima opera, a cirurgia utiliza sistemas robóticos de última geração, incluindo óculos de realidade virtual e navegadores cirúrgicos 3D. Essas tecnologias oferecem ao cirurgião uma visão detalhada da coluna antes mesmo da primeira incisão, tornando a abordagem mais segura e minimamente invasiva.
Menos dor, recuperação mais rápida
Mais do que um avanço tecnológico, a cirurgia robótica representa um salto na experiência dos pacientes. Com incisões menores e maior precisão, o procedimento reduz o risco de complicações, minimiza a dor no pós-operatório e retorno mais rápido à rotina. Diferentemente das cirurgias tradicionais, que exigem cortes de tecidos do corpo maiores e um longo período de recuperação, a abordagem robótica permite um acesso cirúrgico preciso com riscos reduzidos. “O robô nos permite visualizar toda a estrutura da coluna com extrema precisão, direcionando nossa abordagem ao ponto exato do problema. Isso evita cortes extensos e agressivos, preservando a integridade dos tecidos ao redor”, explica Lima.
Para o cirurgião, essa é apenas a primeira etapa da revolução cirúrgica na capital. O próximo passo é expandir o acesso à tecnologia, garantindo que mais pacientes possam se beneficiar desse avanço.
@dr.rodrigo_lima