Redação GPS Brasília tem se consolidado como um dos maiores polos de tratamento da coluna vertebral na América Latina, graças à adoção de tecnologias inovadoras como a cirurgia robótica e técnicas minimamente invasivas. Referência nacional, o Hospital Santa Lúcia lidera esse movimento ao empregar equipamentos de última geração, atraindo pacientes de todo o Brasil e profissionais de diversas partes da América Central e do Sul, interessados em aprender com os especialistas locais.
Para o cirurgião ortopédico Rodrigo Lima, um dos pioneiros na aplicação da técnica de cirurgia robótica de coluna, os avanços recentes têm transformado o tratamento das patologias da coluna, promovendo a maior segurança e qualidade de vida aos pacientes. Em entrevista ao GPS | Brasília, Lima destacou os marcos atingidos no último ano e os planos para o futuro.
“O ano de 2024 foi muito positivo, com o desenvolvimento de novas tecnologias que nos permitiram ajudar muitas pessoas. Operamos casos desafiadores e conseguimos devolver qualidade de vida a vários pacientes. Para 2025, nosso objetivo é consolidar ainda mais a cirurgia robótica como uma realidade acessível e expandir esse conhecimento para outros locais do país”, afirmou o médico.
Mais segurança e precisão no tratamento
Segundo Lima, uma das principais preocupações dos pacientes quando é necessário operar é o risco de complicações graves, como lesões que levem à paraplegia. Nesse contexto, a cirurgia robótica surge como um divisor de águas, aumentando significativamente a precisão e a segurança dos procedimentos.
“A tecnologia permite ver, durante a cirurgia, o posicionamento dos implantes e o resultado final do procedimento. Isso reduz drasticamente os riscos e as complicações, além de garantir maior assertividade. Para o paciente, significa uma recuperação mais rápida e segura”, explicou.
Entre os casos mais marcantes e complexos da cirurgia robótica, Rodrigo Lima cita uma cirurgia de escoliose em um adolescente com deformidade grave. “Se não fosse o uso da navegação e da cirurgia robótica, a intervenção seria muito mais complexa. Graças à tecnologia, conseguimos um resultado excelente e o paciente voltou rapidamente à sua rotina e aos estudos”, relembra.
Embora os benefícios da cirurgia robótica sejam evidentes, seu acesso ainda é limitado. O procedimento não está incluído no rol do Ministério da Saúde, que determina os tratamentos que os planos de saúde são obrigados a cobrir.“Isso gera um custo adicional, como acontece com qualquer tecnologia de ponta. Nosso desafio é ampliar o acesso para que mais pessoas possam se beneficiar desse tipo de cirurgia. Por outro lado, temos observado um aumento gradual no número de pacientes que conseguem realizar o procedimento”, pontua Lima.
Inovação e futuro promissor
Segundo Lima, Brasília não se destaca apenas pelo volume de cirurgias, mas também pela busca constante por inovações. O uso de inteligência artificial e realidade mista está sendo incorporado aos procedimentos, aprimorando ainda mais as técnicas existentes. “Ainda não temos, em nenhum lugar do mundo, um robô que realize sozinho uma cirurgia de coluna. Mas o futuro da medicina é cada vez mais promissor, com menos complicações e mais pacientes sendo tratados de forma eficaz”, projeta.
Desde 2022, mais de 100 cirurgias robóticas de coluna foram realizadas em Brasília, com mais de mil parafusos instrumentados. O índice de sucesso aproxima-se de 100%, consolidando a capital federal como referência nacional e internacional em soluções para problemas de coluna.
“Se você sente dores que comprometem sua qualidade de vida, procure um especialista. Não é normal viver com dor. Nosso objetivo é devolver sorrisos e momentos felizes com a família, porque sofrer não deve ser uma opção de vida”, finaliza Rodrigo Lima.
@dr.rodrigo_lima
