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Arquitetos que participam do Brasília Design Week querem criar manifesto em favor de Brasília

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O Brasília Design Week, que começou nesta quarta-feira (3), vai reunir, ao longo de uma semana, pessoas ligadas à arquitetura, design, arte, inovação e sustentabilidade. Caetana Franarin, idealizadora do projeto que já está na sua 3ª edição, levanta a bandeira de que Brasília é uma cidade criativa. O evento começou nesta quinta-feira (4), na suíte presidencial do Kubitschek Plaza Hotel, com um bate-papo reunindo cerca de 20 pessoas do segmento.

Em meio ao encontro, no qual se discutiu a força e a identidade da capital, surgiu a pauta sobre a preservação de Brasília e os riscos apontados dentro do risco que o Plano Piloto corre frente ao tombamento da Unesco. Os arquitetos participantes decidiram, individualmente, ingressar com a bandeira em prol da preservação da cidade.

Convidado a participar do encontro, o empresário Paulo Octávio explicou a situação aos presentes. Embora não seja o ponto central do encontro, concluiu-se que a reunião pode render um documento assinado pelos profissionais. 

De acordo com Paulo Octávio, apesar do nome, o recente plano pela Câmara Legislativa (CLDF) não favorece o Plano Piloto. “Temos a melhor qualidade de vida do Brasil. Não há nada igual. Mas a Secretaria de Habitação entende que Brasília tem que ser povoada. O PPCub concentra mais, no mínimo, 200 mil pessoas no Plano Piloto. É uma transformação muito grande. Esse plano não é de preservação e sim de expansão de Brasília”, afirmou.

A presidente da Câmara de Mulheres Empreendedoras da Fecomércio, Beatriz Guimarães, disse que a cidade está ameaçada com o PPCub. “A gente tem que chamar os nossos empresários e a população para tomar consciência e se apoderar dessa cidade”. 

Quem também esteve presente no encontro e se posicionou a respeito desse projeto foi a diretora da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, Cândida Cervieri. “Não adianta a gente se reunir em um grupo seleto nessa sala e discutir assuntos se eles não vierem pautados com ações concretas. A gente precisa se expor mais e verbalizar o que a gente pensa. Quem ama Brasília tem uma responsabilidade e ela tem que ser transformada em atos”, concluiu Cervieri.

Brasília Design Week
A segunda edição do Brasília Design Week começa oficialmente nesta quinta-feira (4), no Museu Nacional da República. Durante a sua fala, a idealizadora Caetana Franarin reforçou a necessidade de devolver a Brasília o prestígio que tinha décadas atrás, quando o assunto era design e arte.

Brasília é a cidade que nasceu do design e renasce do design todos os dias. Queremos transformar isso em um evento nacional. Eu fico imaginando Brasília lançando tendência, porque nos anos 1960 era isso. Essa marca do design e da moda sendo referência para o mundo, com todos esses nomes Sérgio Rodrigues, Niemeyer, Athos Bulcão, Burle Marx. A gente quer trazer isso de volta, porque está no DNA dela“, afirmou. 

A presença de Marcelo Rosenbaum foi fundamental, já que ele trouxe a exposição Jalapoeira Apurada, coleção de esculturas de capim dourado, um trabalho de 37 mulheres de três comunidades quilombolas do Tocantins: Quilombo do Prata, Quilombo do Mumbuca e ACAPPM Mateiros. 

Marcelo Rosenbaum e Caetana Franarin

Design é sobre desenhar relações. O poder de falar de pessoas que se relacionam com o poder de mudança e de transformação. E é o que eu sei falar e sei fazer. A WWF me convidou para fazer essa coleção, mas eu queria fazer além. Queria ir para a comunidade para conversar com essas mulheres, entender o que elas querem. O que precisam pode não ser sobre designer e sim sobre a comida”, compartilhou Marcelo. 

Sérgio Matos também ressaltou a importância e o poder de transformação que o design tem na vida das pessoas. “A gente vê o design entrando e fazendo uma transformação da vida de pessoas, de muita gente que não tinha uma ligação forte com ele. Então, é bacana ver essa evolução e a ter uma exposição em que a gente consegue ver isso, essa mistura, é muito bom participar disso”, destacou. 

Caio Dutra, diretor executivo do instituto No Setor, completou: “É essencial ter a percepção de que a inclusão é colocar a comunidade em vulnerabilidade, seja indígena, quilombola, em situação de rua, em todos os processos da produção. E não só a gente ter um olhar de designer, de ir nessas comunidades, de tirar foto, de explorar o trabalho dessas pessoas e colocar em exposições. É a ideia é a gente trazer essas pessoas para dentro do fluxo, do processo como todo e para os espaços de poder, inclusive“, finalizou. 

Além de Rosenbaum e Matos, o encontro contou com as organizadoras da Casacor Brasília, Eliane Martins e Moema Leão, além de representantes da Secretaria de Turismo do Distrito Federal, empresários, arquitetos e designers brasilienses.

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