Redação GPS O fim de semana em Brasília foi marcado por uma verdadeira celebração da dança. De 2 a 4 de maio, a Sala Martins Penna, no Teatro Nacional Cláudio Santoro, recebeu o lançamento oficial da Companhia Bailarinos de Brasília — o novo corpo de baile profissional da cidade — e o pré-lançamento da segunda edição do Festival Internacional de Dança de Brasília (FID), previsto para o segundo semestre.
Com sessões esgotadas e plateias emocionadas, a estreia da companhia representa um marco para a cena cultural da capital federal. O espetáculo apresentado neste sábado (3), e com duas novas sessões programadas para o domingo (4), foi dividido em dois atos distintos. A primeira parte da noite trouxe a tradicional Gala de Grand Pas de Deux, com variações refinadas do repertório clássico. Já o segundo ato apresentou a coreografia Bênçãos por debaixo dos chapéus, com forte carga poética e uma abordagem contemporânea de temas como ancestralidade, espiritualidade e identidade.
A direção artística da montagem ficou a cargo do renomado coreógrafo Luís Ruben Gonzales, enquanto a direção geral foi conduzida por Tereza Braga. O elenco da nova companhia dividiu o palco com dois convidados internacionais do Ballet de Monterrey, no México: a bailarina brasileira Laura Barbosa, premiada no exterior, e o solista Axel Jaramillo, jovem promessa do balé latino-americano. Juntos, contribuíram para um espetáculo memorável.
Além das apresentações, a programação incluiu atividades formativas e de integração com a comunidade. No sábado, a consagrada bailarina Ana Botafogo comandou uma masterclass gratuita para bailarinos de nível intermediário e participou de um encontro especial com crianças da Escola de Formação de Bailarinos de Brasília, inspirando a nova geração de talentos.
A Companhia Bailarinos de Brasília nasce com o objetivo de fortalecer a capital federal como um polo de excelência no ensino e na difusão do balé clássico. Já o Festival Internacional de Dança de Brasília (FID), em sua segunda edição, deve reunir artistas de países como Cuba, Suíça, México, Alemanha e Canadá — promovendo um intercâmbio entre tradição e inovação e consolidando o DF no calendário internacional da dança.
