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Brasileiro vai deixar de pagar combustível como se fosse importado, diz FUP

Coordenador geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, classificou mudança da política de preços como "fim de um pesadelo"

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O fim da política de paridade com a importação (PPI), anunciada na manhã desta terça-feira (16) pela Petrobras foi comemorado pelo coordenador geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que desde outubro de 2016 crítica o impacto do PPI nos preços internos. Ele classificou a decisão como o “fim de um pesadelo“.

 

Depois de quase sete anos assombrando o povo brasileiro, o pesadelo chega ao fim. Um dia para ser comemorado“, afirmou Bacelar.

 

Segundo ele, em quase sete anos de vigência do PPI, o gás de cozinha aumentou 223,8% nas refinarias, custando R$ 108, em média, no Brasil, para o consumidor. No mesmo período, a gasolina variou 112,7%, e o diesel, 121,5%, conforme cálculos do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base em dados da Petrobras.

 

Durante 13 anos, no governo do PT, o gás de cozinha teve apenas dois reajustes e alta de 15,5% no período, enquanto o barril de petróleo variou 95,2%. Antes do PPI, o botijão de GLP custava R$ 55, O litro da gasolina era vendido a R$ 3,65. O diesel custava R$ 3,00, destaca o dirigente sindicalista.

 

O governo Lula abrasileirando o preço dos combustíveis, conforme promessa de campanha. Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos, pois os custos nacionais de produção, em reais, entrarão na composição dos preços“, destaca Bacelar.

 

Ele explica que, com a nova política, o brasileiro deixa de pagar pelos combustíveis como se fossem importados. A Petrobras passou a não considerar apenas a cotação do petróleo no mercado internacional e do dólar, e nem os custos de importação.

 

O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, a Petrobras tem grande parque de refino e utiliza majoritariamente petróleo nacional que ela mesma produz. Assim, com a nova política, reduz-se também a volatilidade de preços ao consumidor“, explica o dirigente da FUP.

 

A FUP e seus sindicatos lutam desde 2016 para derrubar o PPI, que promoveu no mercado interno repasses automáticos de aumentos de preços internacionais do petróleo, variação cambial e de custos de importação. Uma política que garantiu mega lucros à Petrobras e dividendos recordes a acionistas, em detrimento de investimentos.

 

O gás de cozinha, para o consumidor, custava em média R$ 55,35 no Brasil, um dia antes da implantação do PPI, em outubro de 2016. O litro da gasolina era vendido a R$ 3,65. O diesel custava R$ 3,00“, lembra Bacelar. Atualmente, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás está em R$ 108,13, a gasolina em R$ 5,52 e o diesel em R$ 5,65.