O Brasil já contabiliza 359.725 casos prováveis de dengue em 2025, conforme dados do painel de monitoramento do Ministério da Saúde atualizados na madrugada desta sexta-feira (21). A maior parte das infecções ocorreu entre jovens de 20 a 29 anos, com 68.077 registros.
O estado mais afetado é São Paulo, que soma 209.123 casos prováveis e enfrenta um surto da doença. Diante da alta incidência, o governo estadual decretou estado de emergência, especialmente na região noroeste, onde cidades como Araçatuba e São José do Rio Preto apresentam o maior número de infecções.
Por outro lado, o Distrito Federal registrou uma redução de 95,4% nos casos de dengue nas primeiras semanas de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF. De 29.510 casos prováveis em 2024, o número caiu para 1.421 neste ano, resultado atribuído a medidas preventivas e ações de combate ao mosquito.
Número de mortes e cenário nacional
Apesar do volume elevado de casos, o Brasil apresentou uma redução de quase 60% na incidência da dengue no início deste ano, em relação ao mesmo período de 2024. Dezessete estados registraram queda no número de infecções, enquanto oito apresentaram aumento.
O número de mortes confirmadas pela doença chegou a 360, com 152 óbitos ainda em investigação para determinar se há relação com a dengue.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em locais com água parada. Os períodos chuvosos favorecem a reprodução do vetor, aumentando os surtos da doença.
Os principais sintomas incluem febre alta (acima de 38°C), dores no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, fadiga, dor de cabeça, falta de apetite e manchas vermelhas na pele. Nos casos mais graves, pode haver sangramentos e comprometimento de órgãos, o que pode levar à morte.
Como evitar a proliferação do mosquito?
Para conter a disseminação da dengue, especialistas reforçam a importância de medidas preventivas, como:
Eliminar possíveis criadouros do mosquito, evitando água parada em pneus, garrafas e outros recipientes;
Tampar caixas d’água e manter piscinas limpas;
Trocar a água de vasos de plantas por areia;
Limpar ralos, calhas e lajes para evitar acúmulo de água;
Guardar baldes e garrafas virados para baixo;
Instalar telas de proteção nas janelas e utilizar repelente, especialmente em áreas de alto risco.
Existe tratamento?
O tratamento da dengue não conta com um medicamento específico, sendo focado no controle dos sintomas e reposição de líquidos. Para uma recuperação adequada, o Ministério da Saúde recomenda:
Hidratação constante para evitar complicações;
Repouso durante o período da doença;
Acompanhamento médico, principalmente em caso de sinais de alerta, como vômitos persistentes, sangramentos ou tontura;
Evitar a automedicação, pois alguns medicamentos podem agravar o quadro.
Diante do cenário epidemiológico, especialistas reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, fundamentais para evitar complicações e controlar o avanço da dengue no Brasil.