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Brasil perde para a Espanha no futebol feminino, mas avança às quartas de final

O Brasil perdeu por 2 x 0 para a favorita Espanha,  no futebol feminino, nesta quarta-feira (31). Mesmo com a derrota, as brasileiras avançaram às quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris-24 graças a derrota da Austrália para os Estados Unidos, por 2 x 1. A partida pode ter marcado a despedida de Marta, que foi expulsa nos acréscimos do primeiro tempo e disputa seus últimos Jogos Olímpicos. Com a vaga garantida, o adversário do Brasil será a França.

A expulsão de Marta se deu após voadora em Olga Carmona no estádio de Bordeaux. Logo após o lance, ainda no chão, a meia foi aos prantos, percebendo a intensidade do lance, e foi auxiliada por suas companheiras. Para avançar no torneio, precisará “secar” Alemanha, Austrália e Canadá, que jogam ainda nesta quarta.

A seleção brasileira terminou a fase de grupos em terceiro lugar no Grupo C. Pelo regulamento, além dos dois primeiros de cada chave, as duas melhores seleções avançam às quartas. O Brasil garantiu uma das vagas por ter campanha melhor que a da Austrália. As duas seleções têm três pontos, mas a seleção brasileira fechou a primeira fase com saldo de -2, enquanto as australianas ficaram com a mesma pontuação, mas com saldo de -3. A seleção da Oceania ainda pode levar a outra vaga, caso o Canadá não vença a Colômbia e a Nova Zelândia não derrote a França.  

Pelo terceiro jogo seguido, Arthur Elias, treinador da seleção brasileira, mudou a formação inicial para a partida. Em relação à última partida diante do Japão, a equipe teve sete mudanças no time titular – incluindo o retorno de Tamires. Contra a Espanha, o treinador optou por se reforçar defensivamente e, no primeiro momento, evitar a derrota – que dificultaria a classificação da seleção às quartas. Já classificada, Montse Tomé, treinadora da seleção espanhola, poupou uma série de titulares para o jogo, como Aitana Bonmatí, campeã mundial em 2023.

Nos primeiros minutos, o plano do treinador funcionou. Compacto e com as linhas baixas, a seleção espanhola centralizava as ações ofensivas em jogadas aéreas. Pelo ar, a Espanha chegou a ir às redes com Lucía García, mas a arbitragem marcou impedimento de Patri Guijarro. No ataque pouco antes disso, foi o Brasil quem levou o primeiro perigo, depois de Laia Codina fazer o corte no passe de Ludmila e acertar a trave espanhola.

Mais postada no 5-4-1, a seleção pouco criou ao longo do primeiro tempo, mesmo precisando da vitória ou do empate para avançar sem depender de outros resultados. Ao longo do jogo, no entanto, a seleção espanhola tomou controle da partida. Lorena e Tarciane, em cima da linha, evitaram que o placar fosse aberto; do outro lado, mesmo com Marta como titular e a entrada de Ludmila no ataque, o Brasil não conseguia criar qualquer jogada de efeito, encolhido ao campo de defesa.

A expulsão de Marta, na reta final do primeiro tempo, foi o ponto de virada da partida. Depois de um cruzamento da Espanha na grande área, ela perdeu o tempo da bola e acertou um chute na cabeça de Olga Carmona. Logo após o lance, a camisa 10 começou a chorar em campo, percebendo a intensidade da falta e que seria expulsa da partida. Essa pode ser sua despedida da seleção, caso o Brasil não avance na Olimpíada.

Se com 11 em campo o Brasil se fechava, com a superioridade numérica espanhola Arthur Elias não mudou seu esquema de jogo. Mesmo com a vitória do Japão diante da Nigéria, a seleção continuava dependendo apenas de um empate para avançar nas Olimpíadas e adiar a despedida de Marta.

O Brasil foi quem criou as primeiras chances na segunda etapa. No contra-ataque, Ludmila e Kerolin forçaram boas defesas da goleira Cata Coll. Mas, no geral, o segundo tempo foi menos movimentado, visto que a seleção espanhola não tinha necessidade de se arriscar em campo

Lorena, que salvou o Brasil na primeira etapa, falhou depois de cruzamento de Mariona Caldentey. A bola chegou a desviar em Adriana, mas Athenea empurrou para as redes após rebote da arqueira brasileira. Abatida em campo, a seleção pouco conseguiu fazer, estando atrás do placar e com uma jogadora a menos. À frente do marcador, a Espanha continuou dominando o jogo, em ritmo de treino das campeãs mundiais. Ao todo, a seleção de Arthur Elias teve apenas dois chutes a gol.

O Brasil ainda teve 15 minutos de acréscimo, em função dos atendimentos à goleira Lorena e Cata Coll, que também precisou ser substituída. Mesmo nesse tempo extra, foi a Espanha quem esteve mais próxima de ampliar o placar, com defesas da arqueira brasileira. No último lance, a Espanha ainda ampliou o placar de Alexias Putellas. De fora da área, a camisa 11, poupada no primeiro tempo, marcou o segundo da partida já nos acréscimos. 

Estadão Conteúdo

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