O ano começa bem para **defensores da causa animal**. Uma vitória grande no **Senado Federal**, onde parlamentares aprovaram o texto substitutivo do projeto de lei de 2014 que proíbe a **experimentação animal para a fabricação de cosméticos no Brasil**. Tudo isso fruto de uma grande mobilização popular quando 1,6 milhão de assinaturas foram reunidas em uma petição, aberta na plataforma _Change.org_, e entregues ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. O texto seguirá para a Câmara dos Deputados, onde passará por análise em comissões.
_“Mais de 1,6 milhão de pessoas querem um Brasil livre de testes em animais para cosméticos”_, declarou a organização criadora da campanha Liberte-se da Crueldade, a ONG Te Protejo, que lidera a ação em parceria com a _Humane Society International_ (HSI). _“A pressão popular pela proibição da utilização de animais em testes para a indústria de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes foi gigante. Essa batalha ainda não acabou e seguimos de olho! Esperamos que a discussão na Câmara seja célere e favorável ao apelo”_, afirma Grégor Daflon, o analista de campanhas da _Change.org_.
Ativa no Brasil, a campanha também engaja apoiadores em outros países. Por acreditar que “a beleza não deveria custar tão caro”, a Humane Society International lidera ao redor do mundo a campanha **_#LiberteSeDaCrueldade_**, ressaltando que que realizar testes em animais não resultará em padrões de segurança menos eficazes ou em qualquer perda de inovação na área cosmética. Neste momento, além do Brasil, ações legislativas similares estão sendo feitas em países como **Chile, México, Estados Unidos, Canadá, África do Sul** e também na região do sudeste asiático. A prática já foi proibida em quase 40 países, como Índia, Coreia do Sul, Guatemala, além da União Europeia.