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Brasil ainda está longe da igualdade de gênero na política

O Brasil está em 94º lugar em igualdade de gênero em um ranking de 146 países. São 18% das cadeiras no Congresso Nacional ocupadas por mulheres. Os dados são do Sistema Nações Unidas no Brasil apresentados durante o seminário Elas querem igualdade na política, sediado pela Câmara dos Deputados.

 

Quando comparado com outros países da América Latina, o Brasil está abaixo da média de representação feminina, que está em 18% no continente. Por outro lado, a eleição de mulheres transgênero no ano passado colocou o País em um grupo de apenas 6% das nações que possuem representação da população trans no parlamento.

 

O seminário foi uma das atividades do Pula pra 50%, movimento criado pelo Grupo Mulheres do Brasil, e defende mudanças na legislação eleitoral, para permitir a paridade entre homens e mulheres nas eleições para o Poder Legislativo. Desta forma, as casas legislativas passariam a ter representações iguais, de 50% tanto para os homens como para as mulheres.

 

Embora as mulheres representarem 53% da população brasileira e 52,65% do eleitorado em 2022, elas ainda são minoria nos diversos espaços do legislativo. No pleito do ano passado, por exemplo, foram eleitas 91 deputadas federais, o que significa 17,7% das cadeiras da Câmara dos Deputados.

 

A coordenadora da Bancada Feminina na Câmara, deputada Luisa Canziani (PSD-PR), considera importante aprimorar ainda mais a legislação para ampliar a participação feminina. Assim como outras participantes ela defendeu a aprovação do projeto que reserva 30% das cadeiras a mulheres nas eleições proporcionais – para o Congresso Nacional, assembleias e câmaras de vereadores.

 

“Nós temos essa luta no sentido de melhorar a qualidade legislativa para que possamos ter mais eleitas, mais vereadoras, mais prefeitas, mais agentes políticas, mais secretárias, nas diferentes representações da política brasileira, deputadas estaduais, deputadas distritais, deputadas federais, senadoras, isso sem dúvida nenhuma passa pela questão da nossa legislação”.

 

Já a deputada Érika Hilton sublinhou que o Parlamento reproduz os preconceitos e violências que as mulheres sofrem na sociedade. Segundo afirma, ainda se acredita que a presença feminina na política “é mero acaso”, ou sorte, sem levar em consideração toda a luta das mulheres por pertencimento a esse espaço. Também por isso, defende, há uma “dificuldade gigantesca” para que suas pautas sejam respeitadas.

 

“Os homens precisam aprender a se comportar. Porque ainda que a sociedade seja fundada pela lógica do patriarcado, pela lógica masculina, cissexista, branca, hegemônica, nós, mulheres, na nossa pluralidade, mulheres de todos os tipos, de todos os credos, de todas as raças, de todos os territórios, lutando contra todas as adversidades, chegamos até aqui”, salientou a deputada.

 

Com informações da Agência Câmara

 

Janete Vaz, fundadora do Sabin

 

Deputadas federais Érika Hilton e Iza Arruda

 

Ilana Trombka, diretora-geral do Senado

 

Carol Caputo, conselheira do grupo Mulheres do Brasil

 

Sílvia Rucks, coordenadora residente da ONU, e a deputada federal Luiza Canziani, coordenadora da bancada feminina

 

Giselle Ferreira, secretária da Mulher do DF, e Janete Vaz

 

Renata Simões e Gabriela Andrade, voluntárias do Comitê de Comunicação do grupo Mulheres do Brasil

 

 

Redação GPS

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