Redação GPS O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista ao canal no YouTube Auriverde Brasil, que acorda todos os dias com a sensação de que a Polícia Federal (PF) pode estar à sua porta.
A declaração foi feita em meio aos desdobramentos de investigações conduzidas pela corporação, que resultaram em três indiciamentos contra ele, o mais recente relacionado a uma suposta trama golpista após as eleições de 2022.
“Como é que você acha que eu acordo todo dia? Com a sensação da PF na porta. Qual a acusação? Não interessa. Seja criativo”, declarou Bolsonaro, ressaltando o impacto das investigações em sua rotina.
O indiciamento mais recente envolve acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, delitos que podem levar a penas somadas de até 28 anos de prisão. Outros casos investigados incluem a suposta tentativa de fraude em seu cartão de vacinas e a tentativa de incorporar joias da Presidência ao seu acervo pessoal, revelada por reportagens do Estadão.
Apesar das investigações avançarem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações perante o Supremo Tribunal Federal (STF). É importante destacar que o indiciamento não significa que Bolsonaro tenha sido considerado culpado, mas sim que há indícios suficientes para dar prosseguimento às investigações.
Em outra entrevista, desta vez ao canal bolsonarista **Fio Diário**, Bolsonaro refletiu sobre sua gestão e revelou arrependimento em relação à escolha de generais para ocupar pastas ministeriais. Ele afirmou que, caso retornasse à Presidência, optaria por ministros mais “casca-grossa”.
“Eu não teria lá alguns nomes, um general aqui, eu não teria mais general ali. Eu ia ter ministros mais parrudos, mais casca-grossa para enfrentar o sistema”, comentou.
Entre os generais mencionados, quatro foram indiciados pela PF por suposta participação na trama golpista: Augusto Heleno, Mário Fernandes, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, Fernandes e Braga Netto estão atualmente em prisão preventiva.
