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Bolsonaro em prisão domiciliar: veja o que ele está proibido de fazer

Restrições ficaram ainda mais rígidas; decisão de Moraes só vai para votação no STF se defesa do ex-presidente recorrer

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), novas medidas cautelares foram impostas. O descumprimento dessas restrições ocorreram após os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro exibirem a participação do pai nas manifestações. Segundo Moraes, o ato violou a proibição de uso das redes sociais, mesmo que por intermédio de terceiros.

Com a nova ordem, Bolsonaro continua sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas passa a estar sujeito a outras medidas adicionais. São elas:

  • Proibição de uso de telefone celular;
  • Proibição de receber visitas sem autorização do STF;
  • Apenas seus advogados e as pessoas que moram com ele, no caso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha do casal, podem ter contato direto;
  • Visitantes autorizados não poderão portar celular, tirar fotos ou gravar vídeos durante o encontro.

As novas restrições se somam às que já haviam sido determinadas anteriormente:

  • Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
  • Proibição de uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros;
  • Proibição de receber visitas de investigados nos processos relacionados à tentativa de golpe;
  • Proibição de se aproximar ou acessar embaixadas e consulados de países estrangeiros.

 

Primeira Turma do STF

A decisão de Moraes, por enquanto, é individual e só será analisada pela Primeira Turma do STF caso a defesa de Bolsonaro apresente recurso. Os advogados do ex-presidente já informaram que irão recorrer, argumentando que não houve descumprimento das ordens impostas pelo Supremo.

As medidas cautelares a Bolsonaro já previa a prisão preventiva em caso de descumprimento. Essa decisão já foi referendada pela turma por quatro votos a um. Apenas o ministro Luiz Fux votou contra o relator. A decretação de prisão por descumprimento de medida cautelar é uma prerrogativa do relator do processo no curso das investigações, se considerar isso necessário.

Enquanto não há novos capítulos, Bolsonaro deve permanecer em casa, sob rígido monitoramento. O julgamento final do caso está previsto para setembro.

 

*Com informações do Estadão Conteúdo

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Edição 42

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