O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) realizou na manhã desta terça-feira (12) duas cirurgias no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo. Um dos procedimentos foi realizado para corrigir uma hérnia de hiato, para tratar um quadro de refluxo, e o segundo, um desvio de septo, para melhorar a condição respiratória.
Segundo o assessor de Bolsonaro, o ex-ministro Fabio Wajngarten, os procedimentos transcorreram “dentro da normalidade”. De acordo com ele, Bolsonaro deu entrada no centro cirúrgico “pouco antes” das 5 horas.
Agradecemos as preces, as cirurgias do Pr @jairbolsonaro já terminaram e transcorreram dentro da maior tranquilidade.
O paciente está nesse momento na sala de recuperação e em breve emitiremos um boletim médico com mais informações do quadro evolutivo.— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) September 12, 2023
Bolsonaro foi internado na tarde da segunda-feira (11). Nas últimas semanas, o ex-chefe do Executivo passou por exames na mesma unidade hospitalar para definição das cirurgias.
Essa é a sexta cirurgia que o ex-presidente faz desde que levou uma facada em Juiz de Fora, durante a campanha presidencial de 2018. O último procedimento ocorreu nos Estados Unidos, em janeiro deste ano. No dia 9 daquele mês, um dia após os atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes por seus apoiadores, em Brasília, ele sentiu dores abdominais e precisou tratar de uma aderência em uma hérnia incisional.
A internação do ex-presidente ocorre em meio às investigações sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas em missões oficias por integrantes do governo Bolsonaro.
Relevado pelo jornal O Estado de S. Paulo em março, o caso agora, segue para uma nova etapa com a homologação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço direito do ex-chefe do Executivo.
A delação de Cid preocupa cada vez mais o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro disse, sob reserva, que ninguém no PL tem dúvidas de que mais denúncias contundentes vão aparecer, e não somente relativas ao escândalo das joias.
O depoimento do ex-ajudante pode, inclusive, fazer com que Bolsonaro seja expulso do Exército e deixe de ser capitão reformado.