Bolsonaro deixa hospital após cirurgia para remover lesões de pele

Boletim médico aponta quadro de anemia e fragilidade na saúde

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o hospital DF Star, em Brasília, por volta das 14h deste domingo (14), após passar por um procedimento médico para retirar lesões de pele. Ele chegou à residência onde cumpre prisão domiciliar às 14h25.

Pela manhã, Bolsonaro realizou exames que apontaram um quadro de anemia por deficiência de ferro. O boletim médico informou que oito lesões de pele foram removidas e encaminhadas para biópsia. O procedimento, feito com anestesia local e sedação, transcorreu sem intercorrências.

Segundo o médico Cláudio Birolini, chefe da equipe responsável, o ex-presidente está “bastante fragilizado”, mantém episódios de soluços e recebeu reposição de ferro por via endovenosa. A previsão é de retorno ao hospital em 10 a 15 dias para a retirada dos pontos.

Acompanhamento e escolta

Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 8h, acompanhado dos filhos Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador no Rio de Janeiro, e Jair Renan (PL-SC), vereador em Balneário Camboriú, além de seguranças e policiais penais. Na saída, os dois filhos também estavam presentes.

Esta foi a primeira vez que o ex-presidente deixou a prisão domiciliar desde a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (11).

A ida ao hospital foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, após pedido da defesa. A decisão determinou que os advogados encaminhem, em até 48 horas, um atestado detalhado confirmando a presença de Bolsonaro na unidade, com datas e horários dos atendimentos.

Desde 4 de agosto, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo. Esta foi a segunda saída autorizada por motivos de saúde — a primeira ocorreu em 16 de agosto, para exames relacionados a refluxo e soluços.

Condenação

Bolsonaro foi condenado por liderar a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, recebendo a maior pena entre os réus: 27 anos e 3 meses em regime fechado. No Brasil, a execução da pena só começa após o trânsito em julgado, quando se esgotam todas as possibilidades de recurso. Até lá, ele permanece em prisão domiciliar, com restrição de visitas e proibição de uso de celular.

A defesa já sinalizou que deve solicitar a manutenção da prisão domiciliar caso a pena comece a ser executada, alegando idade avançada e fragilidade de saúde.

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