O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, em entrevista ao SBT Brasil na noite de segunda-feira, que acredita ser insubstituível como representante da direita nas eleições presidenciais. Segundo ele, a população não aceita outro nome para disputar a Presidência em 2026, a não ser o dele, e reforçou sua posição com um enfático “ponto final”.
Bolsonaro também afirmou que uma eleição em 2026 sem sua participação representaria, em suas palavras, uma “negação à democracia”. Ao comentar sobre sua relevância política, ele se autoproclamou o maior líder da direita na América do Sul, destacando seu protagonismo no cenário político regional.
“O quadro que está no momento é eu registro a minha candidatura no último momento. O TSE tem poucas semanas para decidir. Eu acredito que até lá, eu esteja movimentando multidões pelo Brasil. A esquerda não vai ter um nome para se apresentar como razoável candidato. Se for o Lula, pior ainda. Não tem liderança formada pela esquerda no Brasil”, declarou Bolsonaro, na entrevista.
Ele também reconheceu que há bons nomes na direita com potencial para disputar a Presidência, mas ressaltou que cada um precisa conquistar seu próprio espaço dentro do partido. Para ele, esses possíveis candidatos devem percorrer o país, se aproximar da população e trabalhar para ganhar sua confiança e simpatia.
Apesar disso, o ex-presidente questionou a possibilidade de ficar de fora da corrida eleitoral de 2026. “Como pode a maior liderança da direita estar fora da cédula eleitoral? Não tem cabimento”, afirmou, reforçando sua percepção de que sua presença é indispensável no processo democrático.
Boletim médico
Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star desde o dia 12 abril, o Bolsonaro passa por acompanhamento pós-operatório e está com boa evolução clínica. Segundo boletim médico divulgado pelo hospital nesta terça-feira (22), o ex-presidente “já apresenta sinais efetivos de movimentação intestinal, continua em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva.”
O boletim informa ainda que a fisioterapia motora e as medidas de reabilitação continuam. E que ainda não há previsão de alta da UTI.