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Bolsas de NY fecham em alta, com menor temor geopolítico

Dow Jones fechou em alta de 1,58%, aos 32928,96 pontos
Nova York
Times Square, em Nova York | Reprodução/Instagram

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Por Matheus Andrade, especial para a AE

As bolsas de Nova York fecharam em alta, em uma sessão com menores receios pela guerra entre Israel e Hamas, que teve ainda como reflexo uma forte queda nos preços do petróleo. Investidores observam também a temporada de balanços, que conta com algumas divulgações importantes nesta semana, como o caso da Apple. Além disso, há a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira e a publicação do relatório de empregos dos Estados Unidos em outubro na sexta-feira.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,58%, aos 32928,96 pontos, o S&P 500 subiu de 1,20%, a 4166,82 pontos, e o Nasdaq avançou 1,16%, a 12789,48 pontos.

“Depois de terem caído em território de mercado baixista, as ações dos EUA estão subindo, à medida que os receios crescentes de guerra diminuíram um pouco e após fortes lucros do McDonalds. Parece que a incursão terrestre de Israel pareceu ser mais cirúrgica e não intensa como inicialmente esperado”, afirma Edward Moya, analista da Oanda.

Com metade dos balanços já divulgados até o momento, o S&P 500 indica crescimento anual nos lucros pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2022, segundo a americana Factset. Dessas empresas, 78% anunciaram lucro por ação real acima das estimativas. O McDonald’s entra para este grupo, após surpreender o mercado com resultados do terceiro trimestre. Preços mais altos impulsionaram as receitas e, por consequência, as ações do gigante do fast food subiram 1,70% nesta sessão.

Já os papéis da Apple avançaram 1,23%, enquanto investidores aguardam o balanço da companhia, que será conhecido na quinta-feira (02). As ações da Tesla, porém, recuaram 4,81%, em um movimento que segue a divulgação de resultados da empresa, e que empurrou os papéis da montadora para os valores mais baixos desde junho.

“Esta é uma semana massiva para vários eventos de alto impacto que incluem decisões sobre taxas, leituras importantes de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) e o plano do Tesouro americano para o chamado reembolso de títulos de longo prazo”, afirma Moya. O Fed deve manter os juros inalterados no país em meio ao salto no rendimento dos Treasuries, que contribuiu para apertar ainda mais as condições financeiras dos EUA, conforme a plataforma CME Group. “O aumento nos rendimentos do Tesouro de 10 anos impedirá que as autoridades do Fed aumentem mais os juros esta semana”, projeta o Citi.