Henrique Neri O jogador Bobadilla, do São Paulo, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por injúria racial com motivação xenofóbica, quando se desentendeu com Miguel Navarro, que é venezuelano, no jogo da Copa Libertadores, no fim de maio.
O confronto foi entre o São Paulo e o Talleres, no dia 27 de maio, e o jogador Miguel Navarro foi visto chorando e discutindo após o segundo gol do São Paulo. Navarro revelou, no fim do jogo que Bobadilla o teria chamado de “venezuelano morto de fome”.
“Eu estava dizendo ao árbitro para se apressar, porque precisávamos jogar. Aí, do nada, Bobadilla veio e me disse ‘venezuelano morto de fome’. Eu quis sair do jogo, mas, infelizmente, não tínhamos mais substituições. Não quis deixar meu time com um jogador a menos. Minha cabeça não estava mais lá naquele momento. A justiça deve ser feita, isso não pode continuar acontecendo”, disse Navarro.
Segundo o Código de Artigo Disciplinar da Conmebol, “qualquer jogador ou oficial que insultar o atentar contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivos a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por pelo menos dez (10) partidas ou por um período mínimo de quatro (4) meses. Em caso de reincidência, podem ser penalizados com a proibição de exercício atividades relacionadas ao futebol por cinco (5) anos, ou qualquer outra sanção adicional estabelecida no artigo 6º deste Código”.
O boletim de ocorrência foi feito no Morumbis, estádio do São Paulo, mas Bobadilla não conversou com autoridades no dia do ocorrido.
