O sábado de Carnaval (1º) foi de festa para cerca de 60 garis do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), que trocaram as vassouras por fantasias e muita animação no Bloco Vassourinhas de Brasília.
O desfile percorreu a via S2 até o Setor Carnavalesco Sul, reunindo os profissionais responsáveis por manter a cidade limpa durante o ano inteiro.
“A gente trabalha muito no sol, chuva, vento frio. Mas hoje até o sol é diferente. Porque é um dia nosso, de folga, para poder curtir e aproveitar. Sem contar que é muito gratificante poder voltar para brincar e se divertir no local onde a gente passou tanto tempo trabalhando para limpar e deixar tudo limpo para o pessoal aqui na área central. A gente vê que o nosso trabalho é importante”, afirmou o gari Gabriel da Silva, 35 anos.
Criado em 1967 e inspirado nos tradicionais blocos de frevo de Recife, Olinda e Rio de Janeiro, o Bloco Vassourinhas retornou às ruas em 2023 após um hiato de 33 anos. Desde então, a Ala dos Garis tem sido um dos destaques da festa, celebrando a dedicação dos profissionais de limpeza urbana.
A animação deste ano ficou por conta do maestro Fabiano Medeiros e da Orquestra Popular Marafreboi, que trouxe ritmos como frevo, maracatu e ciranda. O grupo de percussão Vivendo & Batucando também marcou presença, promovendo uma oficina interativa com os foliões.
Para a diretora técnica do SLU, Andrea Almeida, a festa representa um reconhecimento ao trabalho essencial desses profissionais.
“Fora os 60 que estão aqui curtindo, temos 1,2 mil trabalhando na folia. Nossos serviços não param, mas é importante ver esses trabalhadores aproveitando um espaço que ajudaram a manter limpo”, destacou.
Estreante no bloco, a gari Kátia Pereira, 52 anos, celebrou a oportunidade de participar do desfile. “Eu gosto de carnaval, é uma festa bem lúdica. Participar nos permite dar o nome da empresa e da limpeza do DF. É a minha primeira vez, eu sou bastante animada e gosto dessas coisas diferentes, então, a gente tem que aproveitar essas oportunidades já que o nosso trabalho é tão árduo e duro”, disse.
Além da folia, o SLU reforçou as ações sustentáveis durante o Carnaval, com a instalação de 15 pontos de coleta seletiva, 406 lixeiras e locais de entrega voluntária distribuídos pelo DF.
Segundo Andrea Almeida, os esforços têm mostrado impacto positivo. “De 2018 para cá, reduzimos em três quartos o volume de resíduos coletados. O que antes era 80 toneladas caiu para cerca de 19,9 toneladas”, afirmou.
Com informações do SLU