Os advogados de Blake Lively incluíram quase 50 páginas adicionais ao processo que a atriz move contra Justin Baldoni. As novas adições ampliam as alegações iniciais de assédio sexual e retaliação feitas por ela.
Segundo a CNN, a queixa modificada foi apresentada nessa terça-feira (18), em um tribunal federal de Nova York. A mulher de Ryan Reynolds forneceu mais detalhes sobre as acusações e disse que outras mulheres se sentiram desconfortáveis com o comportamento de Baldoni no set de gravações de É Assim Que Acaba.
“A senhora Lively entrou com esta ação porque foi uma das ‘uma mulher ou duas’ que o senhor Baldoni […] ‘fez sentir desconfortáveis’ no set do filme. Ela não foi a única a se sentir assim, e tanto o senhor Baldoni quanto a Wayfarer sabiam disso. Quando o senhor Baldoni descobriu que havia causado desconforto à senhora Lively e a outras mulheres, ele virou sua palestra TED e sua defesa do feminismo de cabeça para baixo”, diz o processo.
Além disso, uma colega de elenco expressou preocupações sobre Justin Baldoni à Sony, distribuidora do filme. Um representante da produtora conversou com o diretor, que “respondeu por escrito àquela colega de elenco, reconhecendo que estava ciente das preocupações e que ajustes seriam feitos”, de acordo com a queixa.
A equipe de Blake Lively alega que, ao invés do ator tomar decisões que deixassem as mulheres mais confortáveis no set, ele contratou uma equipe de gestão de crises e realizou uma campanha difamatória para prejudicar a reputação da atriz.
A atriz ainda incluiu dois novos motivos da ação, incluindo difamação. Ela alegou que Bryan Freedman, advogado de Justin Baldoni, fez comentários difamatórios sobre ela na mídia.
O escândalo que dividiu a equipe de É Assim Que Acaba
O filme, baseado no best-seller de Hoover e lançado em agosto de 2024, trouxe Lively no papel de Lily Bloom e Baldoni como seu namorado abusivo, Ryle Kincaid. Meses após a estreia, em dezembro, a atriz apresentou uma queixa formal contra Baldoni, alegando que foi assediada por ele durante a produção.
Além disso, Lively afirmou que, após solicitar proteções contra seu comportamento inadequado, Baldoni teria iniciado uma campanha de difamação contra ela.
No dia seguinte à denúncia, Colleen Hoover demonstrou apoio público a Blake Lively. Em uma publicação no Instagram, agora deletada, a escritora elogiou a atriz, descrevendo-a como uma pessoa honesta, gentil e solidária. Desde então, Baldoni tem negado as acusações e entrou com um processo de 250 milhões de dólares contra o The New York Times, que publicou uma investigação detalhando sua suposta campanha contra Lively.
Vídeo dos bastidores e novas acusações
A situação se intensificou no final de janeiro, quando Baldoni divulgou um vídeo de bastidores onde aparece em supostos momentos de “flerte” com Lively. A defesa da atriz, no entanto, rebateu a divulgação, afirmando que as imagens apenas reforçam as alegações de assédio. Segundo os advogados, o vídeo mostra Baldoni tocando Lively sem consentimento e improvisando interações íntimas sem a presença de um coordenador de intimidade, algo considerado inadequado e abusivo.
A equipe jurídica de Lively também acusou Baldoni de manipular a opinião pública ao expor o vídeo para a imprensa, em vez de utilizá-lo como prova no processo. “É mais uma tática de assédio e retaliação”, declararam os advogados da atriz.
O caso ganhou grande repercussão e dividiu opiniões em Hollywood Baldoni moveu um novo processo de 400 milhões de dólares contra Lively, alegando difamação e interferência econômica. O julgamento foi marcado para março de 2026.
*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais.