Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Donald Trump conversaram por telefone na noite de sábado (13), após o ex-presidente e candidato republicano ser alvo de um atentado durante um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia. O telefonema foi confirmado por um funcionário da Casa Branca em um comunicado oficial.
“Ontem (sábado) à noite, falei com Donald Trump. Estou sinceramente aliviado por ele estar se recuperando bem. Tivemos uma conversa curta e boa”, disse Biden, em pronunciamento à nação, neste domingo (14), sem dar mais detalhes. Há anos, os dois não conversavam diretamente, somente por interlocutores.
Biden voltou a condenar o ataque a Trump. Disse que não há lugar para esse ou qualquer tipo de violência na América. “Uma tentativa de assassinato é contrária a tudo o que defendemos, como nação, tudo. Não é quem somos como nação, não é a América, e não podemos permitir que isso aconteça”, disse, acrescentando que os dois lados podem discordar, mas não perder de vista de quem são “como América”.
Biden também conversou com o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e com o prefeito de Butler, Bob Dandoy. “Esta noite, o presidente voltará para Washington DC. Amanhã (segunda-feira, 15) de manhã na Casa Branca, ele receberá instruções atualizadas das autoridades de segurança interna e policiais”, disse um porta-voz da Casa Branca. Mais cedo, Biden e a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, tiveram um briefing na Sala de Situação da Casa Branca sobre o ocorrido com autoridades da segurança, da polícia, do Serviço Secreto dos EUA e do FBI.
Anteriormente, Biden já havia se manifestado por meio de um comunicado oficial e de uma breve entrevista coletiva. Em ambos, ressaltou seu repúdio ao ocorrido e agradeceu ao serviço secreto por colocar o oponente em segurança. Na entrevista, ao ser perguntado se o ocorrido fora uma tentativa de assassinato, o democrata respondeu que ainda não era possível afirmar.
Esse foi o segundo pronunciamento que Biden faz à nação após o atentado contra Trump. Na noite de sábado, o presidente dos EUA também se manifestou, condenando, novamente, a violência política que o republicano sofreu durante comício, na Pensilvânia. A campanha de Biden suspendeu todas as acusações e anúncios de ataque a Trump após o atentado.
Convenção republicana
Trump deve estar presente na Convenção Nacional Republicana, um dos principais eventos do calendário eleitoral dos EUA, segundo declarações de representantes da campanha. A convenção será em Milwaukee, Wisconsin, entre os dias 15 e 18, e Trump deve ser formalmente nomeado candidato do partido à presidência dos Estados Unidos. “Conforme foi comunicado no início da noite, o presidente Trump está bem e grato às forças de segurança e aos socorristas pela rápida ação”, escreveu Michael Whatley, dirigente do Comitê Nacional Republicano, em sua conta no X.
Regarding the Republican National Convention:
As was communicated earlier this evening, President Trump is doing well and grateful to law enforcement and first responders for their fast action.
President Trump looks forward to joining you all in Milwaukee as we proceed with…
— Michael Whatley (@ChairmanWhatley) July 14, 2024
“O presidente Trump espera se juntar a todos vocês em Milwaukee enquanto prosseguimos com nossa convenção para nomeá-lo a fim de servir como o 47º presidente dos Estados Unidos”, completou Whatley.
Trump comentou os acontecimentos em sua rede social, o Truth Social. Nela, agradeceu aos agentes do serviço secreto, lamentou a morte de um apoiador e disse ter sido atingido por uma bala que perfurou a parte superior da orelha direita. “É inacreditável que um ato como esse possa ocorrer em nosso país”, criticou. (Com agências internacionais)